Ricardo Piglia tem esclerose lateral amiotrófica (ELA) e precisa de medicamento de 400 mil reais

06 janeiro 2016 às 15h26
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O convênio Medicus, depois de uma petição de quase cem mil assinaturas, assegura que vai bancar o tratamento do escritor e crítico literário
Nascido em 1940, Ricardo Piglia é um dos principais escritores (“Alvo Noturno”) e críticos literários da Argentina (“O Último Leitor” contém um ensaio esplêndido sobre “Anna Kariênina”, de Liev Tolstói). Para alguns, é uma espécie de Jorge Luis Borges, ainda que sejam muito diferentes, tanto em termos literários quanto críticos (Alberto Manguel está mais próximo de Borges, embora não seja um prosador da qualidade de Piglia). Recentemente, médicos diagnosticaram que tem esclerose lateral amiotrófica (ELA), que causa paralisia dos músculos.
Ricardo Piglia tomou duas doses do medicamento GM604 e seus familiares garantem que teve “melhores significativas”. O problema é que o remédio é muito caro — custa 100 mil dólares (401 mil reais). Uma petição online reuniu 87 mil assinaturas e, depois disso, o convênio Medicus decidiu bancar o tratamento do escritor.
A empresa Medicus afirma que o medicamento está em fase experimental nos Estados Unidos — “são desconhecidos os seus resultados e efeitos a médio prazo”, afirma sua nota — e não está disponível para comercialização na Argentina. Precisa ser importado, o que o convênio afirma que fará.