Prefeita é presa como suspeita de “participação” em assassinato de jornalista

09 setembro 2017 às 00h29

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Maurício Campos Rosa foi morto em agosto de 2016. Jornal “O Grito” teria publicado críticas que desagradaram a prefeita e aliados
A polícia prendeu na quinta-feira, 7, a prefeita de Santa Luzia (MG), Roseli Ferreira Pimentel (PSB); David Santos Lima, o Nego; Alessandro de Oliveira Souza, o Leleca; e Gustavo Sérgio Soares Silva, o Gustavim. Eles são apontados como tendo participado — direta ou indiretamente — do assassinado do jornalista Maurício Campos Rosa, dono e editor do jornal “O Grito”, em agosto de 2016.
A prisão do quarteto foi determinada pelo desembargador Alexandre Victor de Carvalho, da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O advogado da prefeita, Marcelo Leonardo, afirma que sua cliente é “inocente”. Num depoimento à Polícia Civil, antes da prisão, Roseli Ferreira Pimentel negou ter articulado o assassinato do jornalista.
Maurício Campos Rosa, assassinado com cinco tiros (quatro nas costas e um no pescoço), editava “O Grito” havia 20 anos. Ele tinha 64 anos. Até agora, não se sabe a motivação exata do crime. Mas suspeita-se que possíveis críticas do jornalista tenham desagradado algumas pessoas, como a prefeita Roseli Ferreira Pimentel.
Em abril de 2017, Roseli Ferreira Pimentel foi afastada prefeitura pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, sob acusação de “abuso do poder econômico e propaganda indevida com excesso de gastos em publicidade institucional”. Mas em junho voltou ao cargo por força de uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral. É quase certo que será, mais uma vez, afastada do cargo.