Não há nada de ilícito na divulgação da doença do padre Marcelo Rossi

08 novembro 2014 às 09h42
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Leitores, como Arthur de Lucca e Carlos Wilson, que se consideram ombudsmen assistentes de vários jornais, inclusive do Jornal Opção, perguntam se é lícito publicar fotografias do padre Marcelo Rossi magérrimo.
Talvez seja possível responder com uma pergunta: por que não seria lícito publicar uma fotografia do padre mais magro? Li pelo menos quatro reportagens sobre a doença (bulimia) do religioso e, no geral, não eram sensacionalistas. Explicaram o que havia acontecido e esclareceram que está se recuperando.
As notícias da doença e da recuperação esconderam outra, talvez mais importante para o público: a confirmação de que o Vaticano investigou e chegou a pensar em punir o padre Marcelo, que estaria se comportando de maneira exibicionista e, assim, prejudicando a seriedade da liturgia católica.
Depois de uma investigação exaustiva, o Vaticano concluiu que, longe de conspurcar a liturgia católica, o padre Marcelo trabalha, com sua música, seus livros e suas missas, para atrair católicos recalcitrantes. Muitos católicos migraram para igrejas evangélicas, às vezes mais, digamos, próximas dos problemas reais dos indivíduos. Com sua pregação alegre, até festiva, o padre Marcelo aproxima-se das ações dos evangélicos. O que “agrada” certa ortodoxia.
Leia uma resenha do livro sobre o padre Marcelo Rossi:
Biografia explica por que Marcelo Rossi se tornou o Paulo Coelho da Igreja e revela sua depressão