O diretor de “Índia — A Filha do Sol”, “O Quatrilho” e  “Lula — O Filho do Brasil” tinha 62 anos. Estava em coma havia dez anos

Patrícia Pillar e Fábio Barreto | Foto: Reprodução

Depois de dez anos internado, em coma, o diretor de cinema Fábio Barreto morreu na quarta-feira, 20, aos 62 anos (ele sofreu um acidente de automóvel e não se recuperou mais). O cineasta dirigiu os filmes “Índia — A Filha do Sol” (baseado numa história do escritor goiano Bernardo Élis), “O Quatrilho” (que recebeu indicação ao Oscar) e “Lula — O Filho do Brasil”.

Fábio Barreto também dirigiu “Luzia Homem”. Seu filme que provocou mais polêmica, “Lula — O Filho do Brasil”, é apontado pela crítica — como Inácio Araújo, da “Folha de S. Paulo” — como o mais fraco. Trata-se de uma hagiografia disfarçada de biografia. Inácio Araújo frisa que se trata de um filme “conformista”.

“O Quatrilho”, que concorreu ao Oscar, é considerado seu filme mais bem realizada. Contou a atuação de Glória Pires e Patrícia Pillar.

O pai de Fábio Barreto é o produtor Luiz Carlos Barreto, de 91 anos. Sua mãe, Lucy Barreto, também é produtora de filmes. Filmes clássicos como “Vidas Secas”, de Nelson Pereira dos Santos, e “Terra em Transe”, de Glauber Rocha, tiveram a participação de Barretão. Um irmão de Fábio Barreto, Bruno Barreto, é um consagrador diretor de cinema. Dirigiu, entre outros, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e “O Que É Isso Companheiro” (baseado em livro autobiográfico do jornalista Fernando Gabeira sobre seus tempos na guerrilha).

Fábio deixa quatro filhos — Júlia, João, Lucas e Mariana.

Repercussão

Patrícia Pillar escreveu no Twitter: “Muito triste… Fábio foi um grande companheiro e diretor talentoso e delicado em ‘O Quatrilho’, filme que tive o grande prazer em fazer e que foi candidato ao Oscar de Melhor filme estrangeiro. Todo meu carinho à família”.