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Mônica Waldvogel, uma das mais categorizadas jornalistas da área televisual, tem direito a opinar sobre qualquer assunto. Frise-se: além de apresentadora, é comentarista da GloboNews.

Se tem direito a opinar publicamente, como profissional e como cidadã, Mônica Waldvogel o tem ainda mais em particular. Conversas privadas, dado o caráter espontâneo e às vezes mais incisivo, nem sempre merecem divulgação pública. A vida é assim: muito do que se pensa não se diz publicamente, sobretudo para não gerar desgaste pessoal e para a empresa na qual se trabalha.

Porém, dada uma falha técnica, no programa “Em Ponto”, da GloboNews, uma fala — lacunar, portanto não inteiramente explícita — de Mônica Waldvogel vazou e criou celeuma nas redes sociais. A jornalista está, logicamente, criticando o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu. Ele estava discursando a respeito dos reféns israelenses e a Faixa de Gaza.

“Nossa Senhora… espero que o Diabo lhe…”, disse Monica. A fala acabou sendo cortada. Mônica Waldvogel estava se referindo a Benjamin Netanyahu, cujo governo é responsável por mais de 60 mil mortes de palestinos em Gaza. (A frase completa seria que “o Diabo lhe carregue”? É provável.)

A turma bolsonarista aproveitou o vazamento para atacar tanto a Globo quanto a jornalista. Mas em que o comentário diminui a jornalista? Em nada.