Minha relação com Opção Cultural é mais que amor. É umbilical

10 janeiro 2015 às 14h57
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Até logo, Jornal Opção
Durante 9 anos e 10 meses editei o Opção Cultural, suplemento cultural do Jornal Opção. Foram 510 edições ininterruptas. Esta foi minha última semana.
Foi no Jornal Opção que aprendi a ser editor. Com o Euler Fagundes De França Belém aprendi tudo que sei de jornalismo cultural. Mais: com o Euler eu descobri que ninguém é bom pelo que escreve, mas sim pelo que lê. Também foi no Jornal Opção que descobri na prática o significado de uma célebre frase de Pio Vargas: ‘O pensamento é o armazém de tudo que pulsa e arde em nós’.
Minha relação com Opção Cultural é mais que amor. É umbilical. Passei mais de um terço da minha vida envolvido com ele, sim, porque mesmo antes de editar — eu já era um entusiasta e colaborador. Foi no Opção Cultural que conheci vários de meus melhores amigos e colecionei histórias.
Mas é preciso seguir, pois como disse Calderón de La Barca: ‘Toda a vida é sonho, e os sonhos, sonhos são’.
A todos que participaram desta caminhada, minha gratidão infinita.
Nota do Jornal Opção
O Jornal Opção lamenta a saída do jornalista e editor Carlos Willian Leite, que, durante quase dez anos, editou, com raro brilho e decência ímpar, o Opção Cultural.
Vale o registro de que Carlos Willian não foi demitido. Ele pediu para deixar o jornal. Ele é editor da “Revista Bula”, umas das mais importantes publicações de cultura do País.