Manifestações de ouvintes de rádio assustam pelo ódio das mensagens
09 julho 2016 às 09h57
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Algumas rádios da capital, como a Difusora Goiânia (640 AM) e a Interativa (94,9 FM) conservam a tradição de dar a voz a seus ouvintes. Mas o clima de tensão entre correntes políticas, principalmente com questões envolvendo a Operação Lava Jato e o impeachment da presidente (agora afastada) Dilma Rousseff (PT), tem tornado o que era para ser uma via democrática de liberdade de expressão em palanques de ódio.
Quem possui o mínimo de bom senso tem feito algumas reflexões sobre o crescimento desse tipo de discurso, que contém opiniões como “bandido bom é bandido morto” e “alguém poderia fazer um favor ao Brasil e explodir o Congresso”. No caso, o “problema” não está nos veículos de comunicação, mas nos próprios ouvintes, que se sentem animados a, cada vez mais, reproduzir opiniões que trocam completamente a razão por um sentimento de crença absoluta na própria verdade. A dialética se perdeu em algum lugar e, sem ela, não se pode construir qualquer debate que mereça ser chamado assim.