Com uma dívida de quase 700 milhões de reais, a rede pediu recuperação judicial. Credores fazem assembleia no dia 7 de agosto

Livraria Saraiva | Foto: Divulgação

Em recuperação judicial, a Livraria Saraiva deve quase 700 milhões de reais. As editoras só fornecem livros para a rede mediante pagamento à vista. A empresa está sendo objeto de desejo em 33 de suas 75 unidades. “Das ações em curso, 28 ainda tramitam em primeira instância, sete ações tiveram pedido de liminar deferido, mas três tiveram efeito suspenso”, anota “O Globo”. Comunicado da Saraiva afirma, no registro do jornal carioca, “que todas as ordens de despejo estão suspensas em razão de decisão do juízo responsável pela recuperação judicial”.

A Saraiva já fechou 29 lojas e demitiu 347 funcionários (ao todo a empresa tem 2.438 contratados). “O Globo” frisa que, “no primeiro trimestre”, a rede “registrou prejuízo de R$ 63,8 milhões, contra um lucro de R$ 1,32 milhão de janeiro a março de 2018. Desde que iniciou seu processo de reestruturação, que busca um modelo mais enxuto de atuação, concentrando esforços na venda de livros”.

Um dos sócios da GS&Consult, Jean-Paul Rebetez, “a rota da Saraiva é difícil. Houve passos na direção errada nos últimos anos. Em 2015, o grupo vendeu a editora, que era uma espécie de joia da coroa, para focar no varejo. Mas o varejo sofreu muito na crise. Outros grupos, como Fnac e Cultura, também sofreram. O desfecho será um forte encolhimento do negócio, para poder, depois, readequar a operação e voltar a caminhar”. Os credores farão assembleia no dia 7 de agosto.

A Livraria Saraiva do shopping Flamboyant segue “sólida”. Recentemente, o dirigente de outra rede de livrarias procurou o shopping, mas recebeu a informação de que a parceria com a Saraiva está “firme”.