Justiça suspende leilão da sede do Correio Braziliense

08 maio 2021 às 13h04

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Avaliada em 154,7 milhões de reais, a sede seria leiloada na segunda-feira. A decisão do magistrado é em caráter liminar
A sede do jornal “Correio Braziliense” seria levada a leilão na segunda-feira, 10. A área total da propriedade é de 13.500m², com área total construída de 6.902,36m². O lance mínimo, segundo a Capital Leilões, de Brasília, é de 154,7 milhões de reais.
Entretanto, acatando recurso da direção do “Correio Braziliense”, o leilão foi suspenso na sexta-feira, 7. Trata-se de uma suspensão temporária. A liminar concedida ao jornal pode cair a qualquer momento.
O jornal — fundado em Londres, no século 19, daí “Braziliense” com “z” — deu a sede em garantia em favor da Pentágono Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. Se pagar a dívida, o jornal evitará o leilão. Se não pagar, perderá a sede.
Mesmo em crise, e com audiência em baixa — em comparação com o portal Metrópoles, do ex-senador Luiz Estevão —, o “Correio Braziliense” permanece como um jornal de credibilidade, publicando reportagens de qualidade. Seus leitores certamente torcem para que, mesmo perdendo a sede, o jornal se mantenha vivo.
Conta-se, no mercado persa da política e dos negócios, que dois grandes empresários estão de olho — “salivando”, até — na sede do “Correio”, que, se adquirida, daria lugar a prédios comerciais. Um dos reis da construção civil local estaria disposto a pagar 154,7 milhões de reais. O outro empresário estaria de olho tanto na sede quanto no jornal.