Fortuna de Putin pode ser de 200 bilhões de dólares, diz financista. É mais rico do que Bezos

10 março 2022 às 10h14

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As sanções dos Estados Unidos e da Europa podem “sensibilizar” o presidente da Rússia em relação à Ucrânia, pois ele não quer perder sua fortuna

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, era um assalariado do KGB, até o início da década de 1990, quando, graças a familiares de Boris Yeltsin e ao olicarga Boris Berezosvki (que, há pouco tempo, se suicidou ou foi “suicidado”), chegou finalmente o poder. Anos depois, pouco mais de duas décadas, o poderoso chefão, como é conhecido no país, tem uma fortuna estimada em 200 bilhões de dólares (e pode ser ainda maior). A informação foi passada pelo investidor Bill Browder ao Congresso dos Estados Unidos. “Estimo que [Putin] acumulou 200 bilhões de dólares em ganhos ilícitos”, afirmou aos congressistas, segundo “The Atlantic”.

Putin “guarda seu dinheiro no Ocidente e todo o seu dinheiro no Ocidente está potencialmente exposto a congelamento de ativos e confiscos”, relatou Browder. Os governos americano e europeus, com as sanções às aplicações financeiras dos oligarcas russas, sabem o que estão fazendo. É o que pode “segurar” Putin — hoje também um oligarca, se as informações de Browder estiverem corretas — em relação à Ucrânia. Se destruir inteiramente o país dos ucranianos, pode acabar ficando sem sua fortuna.
Browder acrescentou que há milhares de pessoas “trabalhando para Putin” e eles “recebem instruções para matar, torturar, sequestrar, extorquir dinheiro de pessoas e tomar suas propriedades”.
Criador do Hermitage Capital Management, um fundo de investimentos que atuou na Rússia de 1996 a 2005, Browder foi perseguido pelo governo de Putin e expulso da Rússia. O grupo de Putin, segundo o investidor, tomou-lhe o fundo e ficou com 230 milhões de dólares (dinheiro que o Hermitage havia pago em impostos para o governo russo). O advogado russo que defendia Browder, Sergei Magnitsky, foi assassinado, aparentemente pelos aliados de Putin.