Filósofo britânico John Gray diz que ciência e ocultismo se uniram pela “imortalidade”
27 setembro 2014 às 11h29
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Autor de livros importantes, como “Cachorros de Palha”, “A Anatomia de Gray”, “Missa Negra”, “Al-Qaeda e o Que Significa Ser Moderno”, “Falso Amanhecer”, o filósofo John Gray lança mais um livro polêmico, “A Busca Pela Imortalidade — A Obsessão Humana em Ludibriar a Morte” (Record, 251 páginas, tradução de José Gradel).
Gray, filósofo que desagrada a esquerda e a direita, dadas suas críticas contundentes a ambas, diz, no livro mais recente, que, “durante o final do século 19 e o começo do século 20, a ciência transformou-se em um instrumento investido contra a morte. O poder do conhecimento foi convocado para libertar os seres humanos de sua mortalidade. A ciência foi lançada contra a ciência e tornou-se um canal para a magia”.
Muitos, afirma Gray, “voltaram-se para a ciência para escapar ao mundo que a própria ciência havia revelado”. O filósofo frisa que, “na Rússia, assim como na Grã-Bretanha, a ciência era usada como uma forma de não aceitar a lição de Darwin de que os seres humanos são animais, sem nenhum destino especial que lhes assegure um futuro além de seu lar terreno”.
Gray deu aulas na London School of Economics, Oxford, Harvard e Yale.
