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Havia uma crise na rede de televisão. Tavolaro era um executivo que, como sócio minoritário, mandava mais do que o sócio majoritário

Na formatação da CNN Brasil, Rubens Menin entrou como investidor, o dono do dinheiro, e Douglas Tavolaro entrou com a expertise jornalística adquirida em 15 de TV Record. A parceria parece que ia muito bem, com a audiência melhorando e o jornalismo se consolidando. Mas na quinta-feira, 25, a empresa anunciou que o jornalista está de saída. Ele informa que irá para os Estados Unidos, onde pretende implantar projetos jornalísticos. Mas o mercado aposta na possibilidade de uma volta para a Record.

Rubens Menin e Douglas Tavolaro: o tempo dos sorrisos passou | Foto: Reprodução

“Foi uma realização profissional memorável implantar a marca CNN no Brasil. Tenho uma alegria enorme do que fizemos. Desejo todo sucesso à empresa”, afirma Tavolaro. “A CNN Brasil agradece a Tavolaro e reconhece sua importância desde a concepção do projeto. Seu desempenho foi fundamental para consolidar a empresa como uma das principais e mais premiadas operações jornalísticas do país”, posicionou-se, em nota, a cúpula da empresa.

Num comunicado, Rubens Menin, que comprou a parte de Tavaloro, disse que irá manter um “jornalismo independente e imparcial”. “Rubens Menin, acionista da CNN Brasil, reitera seu compromisso com a independência da emissora, destacando o papel de seu Conselho Editorial. Os executivos e profissionais da empresa continuarão a praticar o jornalismo independente que sempre a caracterizou, assentado sobre os pilares do mais elevado padrão editorial e ético, marca da CNN no mundo todo”, informou nota da empresa.

O nome do substituto “será anunciado nas próximas semanas”.

De três jornalistas, o Jornal Opção ouviu a mesma coisa: Tavolaro era, mais do que sócio minoritário, um executivo da CNN Brasil. Mas agia como se fosse o proprietário que decidia. Por isso, a família decidiu retomar o comando. O próximo executivo não terá a mesma força de Tavolaro na redação e na empresa. Será uma espécie de Ali Kamel, o chefão do Jornalismo da TV Globo. Comenta-se que Rubens Menin aprecia o trabalho de William Waack.