O leitor Marcelo de Oliveira, que se apresenta como “músico”, envia uma mensagem condenatória: “Não aguento mais ler sobre a separação do cantor Amado Batista e da bióloga Calita Franciele”. Não resisti e respondi: “Por que continua lendo sobre o assunto?”

É isto: não sou entusiasta a respeito do amor entre Amado Batista e Calita Franciele. Mas, se há leitores para o assunto, por que não atendê-los?

Marcelo de Oliveira, dizendo-se “chateado” como minha resposta, indaga: “O que acha da história do casal?”

Não pensei a respeito, quer dizer, não refleti sobre o assunto, que, a rigor, não me interessa. Porque trata-se da vida privada.

A ressalta é que a suposta crise do relacionamento não foi exposta por nenhum jornalista, e sim pelas partes “interessadas”. Queriam um pouco de mídia? Talvez sim. Talvez não. Às vezes, quando se posta alguma coisa nas redes sociais, não se tem dimensão do que se tornará o “monstro”.

Amado Batista e Calita Franciele
Calita Franciele, a bela, e Amado Batista, a fera… do dinheiro | Foto: Redes sociais

O leitor quer saber mais: “O casamento entre Amado Batista e Calita Franciele é a sério?” Para quem parecia desinteressado do assunto, Marcelo de Oliveira parece bem atento aos acontecimentos.

Mas como vou saber se o casamento — rico em glamour e exposição pública — é a sério, se não conheço o casal? Vi Amado Batista apenas numa vez, este mês, no Arraiá do Bem do Palácio das Esmeraldas. Não conversamos nem fomos apresentados. Fazia-se acompanhar de uma bela mulher, possivelmente Calita Franciele.

O “bravo” Marcelo de Oliveira, que, nesta altura, já está me chamando de “você” e “preclaro jornalista” — logo vi que tem mais de 70 anos e é advogado (nada de músico) —, tomando-me por psicanalista ou, quem sabe, psiquiatra, quer saber se há amor entre Amado Batista e Calita Franciele.

Como vou saber se há amor? Talvez os dois se amem. O dramaturgo Nelson Rodrigues disse que “dinheiro compra até amor verdadeiro”.

Os jornais e sites informam que Amado Batista é multimilionário e até bilionário. Teria “comprado” um amor, assim como, antes, teria “comprado” outros amores? Não dá para saber.

Para aplacar a curiosidade de Marcelo de Oliveira — que “não” se interessa pelo assunto —, faço uma pesquisa rápida, no Google, para saber um pouco mais de Calita Franciele Miranda de Souza, bióloga e técnica administrativa numa escola. Dizem que é miss e tem 23 anos. Amado Batista tem 74 anos. Ao contrário da amada, não é guapo, mas me parece cheio de saúde.

Vida privada virou strip-tease em praça pública

Desde o surgimento do viagra e do cialis, os homens com mais de 60 anos ficaram mais animados e alegrinhos da silva. Seria o caso de Amado Batista? O mais certo é que, como outros homens, dirá a mesma coisa: “Não uso, pois ainda não estou precisando. Quando precisar, usarei”. Não há um laboratório (e farmácia) que reclame das super vendas.

(Conto a seguir a história de um ex-prefeito de Goiânia. Numa reunião com dois secretários, um deles, o engenheiro M. M., disse: “Estou tomando este amarelinho. É uma maravilha”. O gestor municipal disse: “Não preciso disso”. O outro secretário, F.P., corroborou: “Eu, tampouco”. No dia seguinte, o intendente liga: “Cadê tu? Venha aqui na prefeitura”. O auxiliar chagou ao Paço Municipal e, rapidamente, foi abordado: “Cadê o amarelinho?” O assessor, rindo, disse: “Mas o chefe disse que não precisava”. “Na verdade, só preciso de um reforço, pois vou sair com a T. Naquele dia, na presença de F., eu não pude falar nada a respeito.”)

A vida não é feita só de amor ou só de sexo. Há prazeres — inclusive o sexual — que passam ao largo do amor. Mas duas pessoas, com idades diferentes, podem ser felizes juntas. Pode ser o caso de Amado Batista, a fera, e Calita Franciele, a bela.

Há como deixar Amado Batista e Calita Franciele em paz. É provável. Desde que o casal deixe em paz os usuários das redes sociais e os repórteres. A impressão que se tem, no mundo das redes, é que vida privada não existe mais — é tão festa coletiva quanto strip-tease.