Anderson Lúcio de Oliveira deu uma cotovelada brutal em Fernanda Regina Cézar e foi condenado a cinco anos pela Justiça

Como jornalista, reluto em usar determinado tipo de linguagem; às vezes cedo ao humor, mas procuro evitar grosserias. A palavra bandido, não raro utilizada de maneira pouco precisa, raramente entra nos meus textos. Mas há momentos em que as palavras, mesmo as duras, devem fazer parte do nosso vocabulário. A palavra justa, ainda que virulenta, é bem-vinda quando aplicada ao quadro social-comportamental adequado. No “Bom Dia Brasil” de quarta-feira, 19, o apresentador Chico Pinheiro — que alia competência, precisão nas falas, simpatia e humanismo verdadeiro —, ao comentar a sentença do empresário Anderson Lúcio de Oliveira, condenado a cinco anos, em regime semiaberto, chamou-o de “covarde”. Imediatamente, de modo incisivo e necessário, sua colega de bancada Ana Paula Araújo disse aquilo que o escritor Gustave Flaubert chamaria de o termo certo no lugar certo: “Bandido e covarde”.

https://youtu.be/d7PXu-WsXYU

Usando sua força física, além da percepção de que provavelmente nada aconteceria com ele, Anderson Lúcio de Oliveira deu uma cotovelada brutal em Fernanda Regina Cézar — deixando-a no chão, desfalecida (teve traumatismo craniano).

Vi a imagem uma vez e não quis ver mais — tal a selvageria de Anderson Lúcio de Oliveira [foto acima]. Exposta nas principais redes de televisão e nas redes sociais, a imagem (e o gesto) escandalizou o país. Portanto, não é difícil; é impossível discordar da capacidade de síntese e da indignação de Ana Paula Araújo. Com sua precisão habitual, a jornalista disse a verdade sem tirar nem pôr.