Cartas de Himmler revelam que era um antissemita radical e incorrigível

26 agosto 2017 às 10h09

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Encontrados em Israel, documentos históricos indicam que os Himmler eram nazistas empedernidos
Que um dos principais formuladores do Holocausto (contra judeus, ciganos, homossexuais), Heinrich Himmler, era monstruoso é indiscutível. Mas monstros precisam ser compreendidos — o que não quer dizer “perdoados”. O livro “Cartas de um Assassino em Massa”, organizado por Michael Wildt e Katrin Himmler, contém missivas trocadas entre o nazista e sua mulher, Marga Siegroth.
O livro sai pela Editora Record, com 420 páginas e tradução de Clóvis Marques. Katrin Himmler é sobrinha-neta do chefão da SS. As cartas revelam que os Himmler eram nazistas e antissemitas empedernidos. Acreditavam piamente que a Solução Final — a extinção dos judeus — era uma decisão acertada. O livro é um maná para pesquisadores. As cartas são documentos históricos.
Pesquisadores chegaram a acreditar que as cartas haviam sido perdidas, mas foram encontradas em Tel Aviv, Israel. O livro contém, além das missivas, trechos de diários do casal Himmler e de sua filha, Gudrun.
O livro mais amplo e qualificado sobre o homem que operou o Holocausto, ao lado de Adolf Hitler, é “Heinrich Himmler — Uma Biografia” (Objetiva, 864 páginas, tradução de Angelika Elisabeth Kohnke), do historiador alemão Peter Longerich. É a bíblia analítica sobre o nazista. Não há nada melhor a respeito — em português ou em qualquer outra língua.