Por que não criar o conselheiro ambiental?

03 outubro 2023 às 18h13

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No domingo, 1º, houve a eleição em todo o País para o Conselho Tutelar, um organismo essencial e democrático, previsto pela Constituição Federal como instrumento auxiliar para o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Assim como ocorre com os pleitos para cargos políticos, também para essa instância há as deturpações, como igrejas e vereadores – ou, muitas vezes, ambos juntos – usando as vagas de conselheiro tutelar para fins particulares ou ideológicos. São os ônus, ainda assim menores do que o bônus da instituição Conselho Tutelar.
Partindo das premissas desse órgão, talvez seja a hora de se pensar em uma estrutura semelhante para outra área bastante demandada e que se encontra em ponto crítico: o meio ambiente.
É isto: para a nossa realidade atual, seja nas cidades ou nos rincões, a demanda ambiental é crescente e os órgãos fiscalizatórios não conseguem chegar nem perto de poder atendê-la de modo eficaz.
A próposito, hoje já existem conselhos municipais e estaduais do meio ambiente. Mas em um formato hermético, sem que se ligue de fato à vida das pessoas.
A figura do conselheiro ambiental, a ser instituída por um projeto de lei em nível federal, com certeza tornaria mais universal e mais presente nas comunidades a discussão sobre assuntos importantes, como reciclagem, maus-tratos a animais, desmatamento irregular, abuso de agrotóxicos etc. O melhor: com o aval das urnas.
Tudo depende de adaptação, mas com certeza, ainda que haja os ônus, sempre, seria algo muito bem vindo para os tempos que já vivemos e os que estão por vir.