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Continuo a pensar que a classificação dos países apenas pelas medalhas de ouro conquistadas, desconhecendo, como se não existissem, os segundos e terceiros lugares e suas medalhas de prata e bronze, é uma rematada estultice. Acompanhe o leitor meu raciocínio: se um país A conquista onze medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze, logo treze medalhas, é dado como à frente de outro, que conquistou dez medalhas de ouro, vinte de prata e vinte de bronze, cinquenta no total.

Não seria inteligente também uma classificação pelo número total de medalhas: um país que conquistasse onze medalhas de bronze, evidentemente, não seria mais destacado no campo esportivo do que um com dez medalhas de ouro. Mas seria totalmente lógico, cartesiano, um método classificatório que desse peso às medalhas, como eu disse na semana passada: três pontos para cada medalha de ouro, dois para cada de prata e um ponto para cada bronze alcançado. Foi injusto classificar o Brasil em oitavo lugar nas paraolimpíadas, levando em conta apenas os ouros. Veja como muda a classificação dos dez maiores paraolímpicos se dermos pesos às medalhas (O Brasil ficaria perto do quinto lugar que almejava).