Cúmulo da cegueira de Mauro Santayana
24 setembro 2016 às 12h14
COMPARTILHAR
Padre Vieira, num memorável sermão sobre as paixões, fala de como elas cegam os apaixonados. A paixão política ilustra com inúmeros exemplos o sermão do inteligente padre e literato português. Há uma frase no discurso de Vieira que é de se lembrar: “(os apaixonados) são cegos quando não veem, e quando veem, muito mais cegos”.
A propósito disso, o jornalista marxista Mauro Santayana escreveu um apaixonado (e cego) artigo, comentando o impeachment de Dilma. Faz três afirmações, tão peremptórias quanto cegas, que resumo aqui: 1) os governos petistas foram os mais realizadores, profícuos e benéficos de quantos passaram pelo Brasil. 2) Só faltou a eles a comunicação de seus feitos para a sociedade, que por isso ficou sem saber o quanto os petistas foram bons, honestos, competentes, trabalhadores e realizadores. O povo acabou não percebendo o quanto havia progredido em todos os setores. 3) Quem tramou e executou a derrubada de Dilma foi a embaixada norte-americana, que já havia feito o mesmo no Paraguai com Fernando Lugo.
