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Durante a inauguração do Dia da Vitória chinesa sobre a ocupação japonesa, microfones capturaram conversas de Vladimir Putin e Xi Jinping a respeito da imortalidade por constantes operações de transplantes de órgãos. O bate-papo foi flagrado por jornalistas do evento, quando Putin conversava, à intermédio de um tradutor de mandarim, com o colega chinês. 

Em um determinado momento, Putin teria afirmado que sucessivas operações de transplantes podem ser feitas para fazer com que o indivíduo ficasse “cada vez mais jovem”. “Prevê-se que, neste século, talvez seja possível viver até os 150 anos”, teria afirmado. 

Apesar das conversas, os transplantes de órgãos são uma cirurgia que envolve riscos para ambos os indivíduos, especialmente em pessoas de idade avançada que apresentam outros fatores que podem trazer dificuldades clínicas para o processo. Em alguns casos, a cirurgia pode aumentar a expectativa de vida de um receptor em até 20 anos, como o transplante de rim, contudo, o processo em si pode causar danos em outros órgãos. 

Além da cirurgia, o processo pós-cirúrgico de transplante é complicado e envolve fortes usos de drogas, com a possibilidade de rejeição do novo órgão. 

Por causa disso, existem pesquisas que tentam contornar o problema, como a tecnologia genética chamada de crispr, que envolve a modificação genética do receptor para diminuir as chances de uma potencial rejeição do corpo. A tecnologia poderia permitir que órgãos animais possam ser implantados em pessoas com a edição do genoma para aumentar a compatibilidade genética. 

Sobre essa ótica, animais como porcos podem ser criados especificamente para terem os órgãos colhidos e transplantados para um novo usuário. Estes suínos teriam modificações genéticas que permitissem uma maior compatibilidade genética com o novo hospedeiro. 

Da mesma forma, cientistas procuram reconstruir órgãos usando células-tronco para transplantar em um hospedeiro compatível, como ocorre na Universidade de Londres pelo Instituto Francis Crick com a recriação de um timo humano (órgão do sistema imunológico). Apesar da pesquisa ser considerada inovadora, o intuito do projeto é voltado ao tratamento de problemas de saúde, e não para manter um indivíduo vivo indefinidamente. 

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