Cidades
O projeto da Monteiro Lobato envolveu 120 alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, que realizaram uma série de atividades investigativas sobre o funcionamento da escola
O edital foi lançado em 28 de julho e estabeleceu exigências como mínimo de dez anos de atuação na companhia e avaliação de perfil de liderança
Negociação aconteceu depois de questionamentos sobre a legalidade da instalação
A faca utilizada no ataque foi apreendida pela PRF, e o sargento foi preso em flagrante por lesão corporal grave
Em meio a uma paralisação que afetou diretamente milhares de motoristas goianos, o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) anunciou nesta sexta-feira, 5, uma medida que promete aliviar a tensão: condutores com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida desde 15 de agosto não serão penalizados até o fim da greve dos médicos credenciados. A decisão, publicada por meio de portaria oficial, busca garantir que cidadãos não sejam prejudicados por um impasse que foge ao seu controle.
A paralisação, motivada por reivindicações de reajuste nos valores dos exames médicos, pagos diretamente pelos candidatos, levou à suspensão cautelar de cerca de 50 profissionais. O Detran-GO, contrário ao aumento, argumenta que isso elevaria ainda mais o custo da CNH, que hoje pode variar entre R$ 2.500 e R$ 5.000. Para muitos, esse valor representa uma barreira ao primeiro emprego ou à mobilidade social.
Em resposta à crise, o órgão adotou uma série de medidas emergenciais. Desde o início da paralisação, foram realizados mais de 5.000 atendimentos em municípios do interior e da região metropolitana, mantendo cerca de 80% da demanda por exames médicos. Na capital, usuários que enfrentam dificuldades podem se dirigir à sede do Detran-GO, no setor Cidade Jardim, sem necessidade de agendamento.
A partir de segunda-feira, 8, os exames médicos serão retomados em cinco unidades do Vapt Vupt em Goiânia: Shopping Bouganville, Cidade Jardim, Praça da Bíblia, Praça Cívica e Shopping Passeio das Águas. Além disso, o Detran-GO está finalizando uma nova portaria que permitirá que médicos credenciados realizem exames diretamente, sem intermediação de clínicas, uma mudança que pode acelerar o retorno à normalidade.
Os médicos suspensos serão submetidos a Processo Administrativo de Responsabilização, com direito ao contraditório e ampla defesa. Caso as infrações sejam confirmadas, os profissionais poderão ser descredenciados.
Mais do que um documento, a CNH é vista pelo Detran-GO como um instrumento de inclusão. “A habilitação muitas vezes representa o primeiro acesso ao mercado de trabalho”, afirma a autarquia, que já acionou o Ministério dos Transportes e a Senatran para discutir alternativas que possam reduzir o valor final da CNH.
Leia também: Mulher que teve braços decepados pelo ex-marido faz vaquinha para comprar protése
Operação desmantela esquema milionário de venda ilegal de medicamentos em Goiás, Minas e Paraná
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) deflagrou nesta quinta-feira, 4, a Operação Panaceia, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa responsável pela fabricação e comercialização ilegal de medicamentos em larga escala. A ação, coordenada pelo delegado Márcio Henrique Marques de Souza, titular do Grupo de Patrulhamento Tático (Gepatri) da 8ª Delegacia Regional de Rio Verde, resultou em 29 prisões, apreensão de veículos, imóveis e o fechamento de fábricas clandestinas em três estados.
“Na data de ontem [quinta-feira, 4], nós deflagramos a Operação Panaceia. A operação tinha o objetivo de cumprir 36 mandados de prisão e 51 mandados de busca e apreensão”, iniciou o delegado.
Segundo Márcio Henrique, o grupo criminoso fabricava medicamentos de forma precária, sem qualquer autorização sanitária, em locais insalubres. A investigação teve início após apreensões de remessas enviadas pelos Correios.
“Interceptamos muitos medicamentos encaminhados via correspondência. A partir dessas apreensões, começamos as diligências para identificar os remetentes e destinatários. As pessoas envolvidas foram submetidas à perícia, e com a chegada dos laudos, constatamos que os produtos vendidos como ‘naturais’ continham substâncias controladas”, pontuou.
Entre os compostos identificados estavam sibutramina, fluoxetina, diazepam e bupropiona, substâncias que exigem prescrição médica e estão relacionadas à Portaria 344 da Anvisa. O delegado alertou para os riscos à saúde: “O risco para as pessoas que utilizaram esses medicamentos era muito grande, inclusive risco de morte. Além disso, são substâncias que causam dependência. A pessoa começa a tomar e acaba ficando dependente”, disse.
A investigação também revelou movimentações financeiras suspeitas. “Analisamos o relatório de inteligência financeira e constatamos que essa associação criminosa movimentou de forma atípica 19 milhões de reais. Isso demonstra que a atividade ilícita deles é praticamente industrial, com cerca de três anos de atuação” afirmou.
Apesar da complexidade do esquema, o delegado ainda não classificou o grupo como organização criminosa. “Ainda não falo em organização criminosa porque as investigações vão evoluir. Precisamos verificar se existe um vínculo entre eles que possa caracterizar isso. O que temos são associações entre múltiplos indivíduos que se relacionam entre si”, disse.
A operação teve resultados expressivos: 51 mandados de busca e apreensão cumpridos; 29 prisões realizadas até o momento; 5 prisões em flagrante; 4 fábricas clandestinas identificadas em Goiás e Minas Gerais; 64 veículos sequestrados (avaliados em mais de R$ 6 milhões); 63 imóveis sequestrados (avaliados em cerca de R$ 23 milhões); e o Bloqueio de contas bancárias.
Em Ji-Paraná (RO), um suspeito foi preso com grande quantidade de medicamentos ilícitos e armas. Em Goiânia, uma fábrica irregular foi lacrada pela Vigilância Sanitária. Em Rio Verde, foram apreendidos relógios de luxo e veículos. A cidade de Paranaguá (PR) foi identificada como o ponto de origem da associação criminosa.
“Durante as investigações, identificamos que alguns indivíduos migraram para Uberlândia (MG), onde estavam produzindo e distribuindo os medicamentos. Lá, encontramos três das quatro fábricas. Era uma produção em escala industrial. Eles usavam até betoneiras, equipamento de construção, para misturar os medicamentos”, disse.
Além da produção ilegal, o grupo também falsificava rótulos e embalagens. “Eles mudavam os nomes e embalagens constantemente. Não conheço nenhum produto natural ou fitoterápico que seja vendido com essas características. Eles falsificaram”, afirmou.
O delegado concluiu destacando que as investigações continuam, com foco na identificação de outros envolvidos, bens ocultos e na possível caracterização de organização criminosa.
Leia também:
Goiás desponta como referência nacional em terras raras e inicia etapa de refino; diz Caiado
Estado se consolida como polo estratégico para minerais essenciais à tecnologia, atraindo investimentos bilionários e parcerias internacionais
Na manhã da última sexta-feira, 29, o guia de pesca Wesley Alves da Silva viveu um dos momentos mais inesquecíveis nas águas do Rio Araguaia, na região conhecida como “Viúva”, em Nova Crixás (GO). Com mais de 15 anos de experiência na pesca esportiva, Wesley fisgou uma impressionante piraíba de 2,16 metros, considerada até agora o maior peixe da temporada de 2025 no Vale do Araguaia.
A pesca ocorreu em um ponto tradicional da região, rico em espécies como piau, matrinchã, mandubé, barbado e pirarara. Wesley, que atua como guia turístico desde 2023, estava acompanhado por um grupo de pescadores quando a batalha com o gigante começou. Foram cerca de 50 minutos de esforço e emoção até conseguir retirar o peixe da água.
Apesar do tamanho e da raridade do exemplar, a piraíba foi devolvida ao rio logo após os registros fotográficos, em cumprimento à Lei Estadual Cota Zero (nº 17.985/2013), que proíbe o transporte de peixes nativos e incentiva a soltura para preservação das espécies.
"Foi uma experiência única", relata Wesley. “Já peguei outras grandes esse ano, 23 piraíbas e 29 pirararas, mas essa foi a maior. A emoção não tem nem explicação. O rapaz que estava comigo, Edmar, sonhava há 15 anos em pegar uma dessas. E nesse dia, conseguimos juntos”, contou ao G1 Goiás.
Araguaia
A região da Viúva, onde Wesley mora e trabalha, é conhecida por sua biodiversidade e por ser um dos principais destinos de pesca esportiva do Brasil. A captura da piraíba reforça o potencial do Araguaia como berço de espécies amazônicas e símbolo da pesca consciente.
As imagens e vídeos da captura viralizaram nas redes sociais, emocionando pescadores e amantes da natureza. Para Wesley, mais do que um troféu, o momento representa o respeito à vida selvagem e à cultura da pesca sustentável.
Leia também:
Ministério Público conquista prêmio de inovação do setor público de Goiás
Entre 26 projetos finalistas, o MPGO garantiu o 3º lugar com o projeto Destina, Destinação Articulada de Acordos, e o 5º lugar com o SUPS, Sistema Unificado de Proteção Social
Segundo os relatos das vítimas, o homem se apresentava nas residências com a justificativa de realizar serviços de manutenção, como a limpeza de caixas de gordura
Goiás acaba de alcançar um marco histórico na transformação digital da saúde pública brasileira. O sistema “Meu Prontuário Eletrônico” (Meu PEP), desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), foi eleito o melhor projeto de tecnologia da informação no setor público nacional, durante o prestigiado evento CIO Public Sectors, realizado em Foz do Iguaçu (PR).
Concorrendo com gigantes como o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, Ministério Público do Distrito Federal, Banestes, Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e Transpetro, o Meu PEP foi escolhido por votação direta entre cerca de 200 especialistas e gestores de TI presentes na cerimônia. O prêmio é promovido pela 4Network e, nesta edição, teve como tema “Da ficção à ciência, os limites do pós-humanismo”.
O Meu PEP é uma plataforma que centraliza o histórico de saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), reunindo dados de atendimentos, exames, vacinas, medicamentos e unidades de saúde das redes estadual e municipal. O acesso é feito de forma segura e intuitiva pela plataforma Expresso, colocando o cidadão no centro do cuidado.
“O reconhecimento por profissionais experientes mostra que Goiás está na vanguarda da saúde digital no Brasil”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos. “O Meu PEP garante transparência, eficiência e protagonismo ao cidadão no acompanhamento do seu tratamento.”
Representando a SES-GO no evento, a superintendente de Tecnologia, Inovação e Saúde Digital, Luiselena Luna Esmeraldo, destacou que o prêmio reforça o compromisso do estado com a modernização e humanização do atendimento à população. “Estamos no caminho certo, promovendo economia, ampliando o acesso e melhorando a experiência do usuário na saúde pública”, disse.
Leia também: 10 promessas que Lula não cumpriu (e provavelmente nem cumprirá)
A nova gestão representa uma economia de R$ 3,5 milhões em relação ao contrato anterior
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a prefeitura de Jaraguá, deu início, nesta quinta-feira, 28, às obras de restauração do Casarão Margarida da Fonseca e à construção da Reserva Técnica de Acervos Arqueológicos. O projeto, que representa um investimento de aproximadamente R$ 1,5 milhão, tem conclusão prevista para agosto de 2026.
A intervenção vai recuperar a arquitetura original do casarão, datado do final do século XIX, e ampliar a estrutura do Museu Histórico Municipal de Jaraguá, incluindo um laboratório de arqueologia e uma reserva técnica, que é um espaço destinado à guarda, conservação e catalogação de artefatos arqueológicos encontrados em obras de infraestrutura.
O prefeito de Jaraguá, Paulo Vitor, celebrou o início das obras como mais um marco na valorização do patrimônio histórico da cidade. “Durante nossa gestão, recuperamos importantes bens históricos de Jaraguá. Criamos o Museu Histórico e a Casa da Cultura, e hoje o projeto ‘O Brasileiro’ também ocupa outro casarão,” destacou.
Segundo o prefeito, o Casarão Margarida Fonseca é uma verdadeira joia arquitetônica, preservada no centro histórico da cidade. “Foi criado um programa para revitalizar uma casa lindíssima do final do século XIX, que ainda mantém todas as suas características intactas. Essa obra era muito esperada e fortalece nossa posição no caminho da preservação dos bens históricos. A casa será um novo ponto de cultura importantíssimo, com um projeto belíssimo”, afirmou
Além da restauração, a construção da reserva técnica atenderá a uma demanda crescente por espaços adequados para armazenar materiais arqueológicos encontrados em grandes obras, como a Ferrovia Norte-Sul e a expansão de rodovias. “Com grandes obras como a Ferrovia Norte-Sul e a construção de estradas, materiais arqueológicos têm sido encontrados — restos indígenas, cachimbos, bacias e outros objetos. As empresas privadas responsáveis por essas obras precisam criar laboratórios de guarda para armazenar esses achados,” explicou Paulo Vitor.
A superintendente regional do Iphan, Margareth, articulou a integração entre a restauração do casarão e a construção do laboratório como forma de compensação cultural pelas intervenções em áreas de interesse arqueológico. “Parte desse material foi encontrado aqui no estado, e a superintendente Margareth articulou para que essa obra fosse casada com a construção do laboratório. Esses bens serão guardados em Jaraguá, fortalecendo ainda mais nossa posição como referência na preservação cultural de Goiás”, disse o prefeito.
Casarão Margarida Goiás
O histórico Casarão Margarida da Fonseca, localizado na Rua Coronel Elias da Fonseca, em Jaraguá (GO), está prestes a ganhar uma nova vida. Construído ainda no período colonial, o imóvel é um exemplar típico da arquitetura senhorial goiana, com uso misto de residência e comércio. Evidenciado pelas três portas na fachada, sendo uma destinada à morada e duas ao antigo comércio da família Fonseca.
“O casarão sempre pertenceu à família da Margarida da Fonseca. Inclusive, a rua onde ele está leva o nome do pai dela, o Coronel Elias da Fonseca”, explicou Lucas Araújo, arquiteto responsável pela restauração. “Após o falecimento das irmãs Nair e Margarida da Fonseca, no final dos anos 2000, o imóvel permaneceu fechado por anos”, comentou.
Em 2021, o então prefeito Paulo Victor desapropriou o casarão, evitando sua demolição. “A família queria demolir, mas conseguimos intervir a tempo. Desde então, estamos buscando recursos para restaurá-lo”, contou Lucas.
Com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Superintendência de Goiás, e da arqueóloga Margareth Lourdes de Souza, foram viabilizadas verbas para a restauração do imóvel. O projeto prevê a manutenção da fachada original e a construção de um anexo moderno.
“O casarão vai manter suas características externas, mas passará por adaptações internas para atender ao novo programa de necessidades. O anexo será um laboratório de pesquisa arqueológica e também uma instituição de guarda do acervo arqueológico do estado de Goiás”, detalhou o arquiteto.
Lucas Araújo ressalta que obras em áreas históricas exigem acompanhamento técnico especializado. “Toda intervenção de grande porte, como a Ferrovia Norte-Sul, precisa de acompanhamento arqueológico, principalmente em cidades como Jaraguá, Pirenópolis e Goiás. São terrenos com potencial de achados históricos”, apontou.
Ele cita o exemplo da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Jaraguá, onde foram encontrados vestígios de enterramentos e objetos como cerâmicas e cachimbos. “Esses materiais são estudados por arqueólogos e encaminhados para instituições de guarda, como o Museu Thiago em Goiânia, a cidade de Goiás e, em breve, o próprio casarão restaurado em Jaraguá”, disse.
Com a restauração e a criação do laboratório, o Casarão Margarida da Fonseca se tornará um polo de pesquisa e preservação da memória arqueológica goiana. “É mais do que salvar um prédio antigo. É garantir que a história continue sendo contada e estudada pelas próximas gerações”, concluiu Lucas Araújo.
Leia também: PL pode virar ‘Voto de Minerva’ na CEI do Limpa Gyn
A medida tem como objetivo garantir que os públicos mais vulneráveis, como idosos, crianças e gestantes, tenham acesso às doses disponíveis, especialmente diante da baixa cobertura vacinal registrada até o momento
A Superintendência-Geral do Cade publicou, nesta terça-feira, 26, um despacho que instaura um Apac, com o objetivo de verificar se a transação deveria ter sido previamente notificada ao órgão
