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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a prefeitura de Jaraguá, deu início, nesta quinta-feira, 28, às obras de restauração do Casarão Margarida da Fonseca e à construção da Reserva Técnica de Acervos Arqueológicos. O projeto, que representa um investimento de aproximadamente R$ 1,5 milhão, tem conclusão prevista para agosto de 2026.
A intervenção vai recuperar a arquitetura original do casarão, datado do final do século XIX, e ampliar a estrutura do Museu Histórico Municipal de Jaraguá, incluindo um laboratório de arqueologia e uma reserva técnica, que é um espaço destinado à guarda, conservação e catalogação de artefatos arqueológicos encontrados em obras de infraestrutura.
O prefeito de Jaraguá, Paulo Vitor, celebrou o início das obras como mais um marco na valorização do patrimônio histórico da cidade. “Durante nossa gestão, recuperamos importantes bens históricos de Jaraguá. Criamos o Museu Histórico e a Casa da Cultura, e hoje o projeto ‘O Brasileiro’ também ocupa outro casarão,” destacou.
Segundo o prefeito, o Casarão Margarida Fonseca é uma verdadeira joia arquitetônica, preservada no centro histórico da cidade. “Foi criado um programa para revitalizar uma casa lindíssima do final do século XIX, que ainda mantém todas as suas características intactas. Essa obra era muito esperada e fortalece nossa posição no caminho da preservação dos bens históricos. A casa será um novo ponto de cultura importantíssimo, com um projeto belíssimo”, afirmou
Além da restauração, a construção da reserva técnica atenderá a uma demanda crescente por espaços adequados para armazenar materiais arqueológicos encontrados em grandes obras, como a Ferrovia Norte-Sul e a expansão de rodovias. “Com grandes obras como a Ferrovia Norte-Sul e a construção de estradas, materiais arqueológicos têm sido encontrados — restos indígenas, cachimbos, bacias e outros objetos. As empresas privadas responsáveis por essas obras precisam criar laboratórios de guarda para armazenar esses achados,” explicou Paulo Vitor.
A superintendente regional do Iphan, Margareth, articulou a integração entre a restauração do casarão e a construção do laboratório como forma de compensação cultural pelas intervenções em áreas de interesse arqueológico. “Parte desse material foi encontrado aqui no estado, e a superintendente Margareth articulou para que essa obra fosse casada com a construção do laboratório. Esses bens serão guardados em Jaraguá, fortalecendo ainda mais nossa posição como referência na preservação cultural de Goiás”, disse o prefeito.
Casarão Margarida Goiás
O histórico Casarão Margarida da Fonseca, localizado na Rua Coronel Elias da Fonseca, em Jaraguá (GO), está prestes a ganhar uma nova vida. Construído ainda no período colonial, o imóvel é um exemplar típico da arquitetura senhorial goiana, com uso misto de residência e comércio. Evidenciado pelas três portas na fachada, sendo uma destinada à morada e duas ao antigo comércio da família Fonseca.
“O casarão sempre pertenceu à família da Margarida da Fonseca. Inclusive, a rua onde ele está leva o nome do pai dela, o Coronel Elias da Fonseca”, explicou Lucas Araújo, arquiteto responsável pela restauração. “Após o falecimento das irmãs Nair e Margarida da Fonseca, no final dos anos 2000, o imóvel permaneceu fechado por anos”, comentou.
Em 2021, o então prefeito Paulo Victor desapropriou o casarão, evitando sua demolição. “A família queria demolir, mas conseguimos intervir a tempo. Desde então, estamos buscando recursos para restaurá-lo”, contou Lucas.
Com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Superintendência de Goiás, e da arqueóloga Margareth Lourdes de Souza, foram viabilizadas verbas para a restauração do imóvel. O projeto prevê a manutenção da fachada original e a construção de um anexo moderno.
“O casarão vai manter suas características externas, mas passará por adaptações internas para atender ao novo programa de necessidades. O anexo será um laboratório de pesquisa arqueológica e também uma instituição de guarda do acervo arqueológico do estado de Goiás”, detalhou o arquiteto.
Lucas Araújo ressalta que obras em áreas históricas exigem acompanhamento técnico especializado. “Toda intervenção de grande porte, como a Ferrovia Norte-Sul, precisa de acompanhamento arqueológico, principalmente em cidades como Jaraguá, Pirenópolis e Goiás. São terrenos com potencial de achados históricos”, apontou.
Ele cita o exemplo da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Jaraguá, onde foram encontrados vestígios de enterramentos e objetos como cerâmicas e cachimbos. “Esses materiais são estudados por arqueólogos e encaminhados para instituições de guarda, como o Museu Thiago em Goiânia, a cidade de Goiás e, em breve, o próprio casarão restaurado em Jaraguá”, disse.
Com a restauração e a criação do laboratório, o Casarão Margarida da Fonseca se tornará um polo de pesquisa e preservação da memória arqueológica goiana. “É mais do que salvar um prédio antigo. É garantir que a história continue sendo contada e estudada pelas próximas gerações”, concluiu Lucas Araújo.
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