Bastidores

O petista Paulo Garcia fez o impossível para levar o PHS para a Prefeitura de Goiânia e para a campanha de Adriana Accorsi, sua candidata a prefeita. Ofereceu a vice e secretaria. “Qualquer uma”, teria chegado a dizer. Eduardo Machado optou por manter o partido na base do governador Marconi Perillo. O prefeito não está dormindo no ponto. Por isso vai organizar uma frente de apoio para Adriana Accorsi.

A deputada Flávia Morais comentou com aliados que o PDT de Carlos Lupi está de olho no passe do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. Já a parlamentar é cotada para assumir o comando do Partido Verde em Goiás, numa articulação nacional. Embora Paulo Garcia não tenha se manifestado a respeito, o PDT gostaria de lançá-lo para deputado federal em 2018, em substituição a Flávia Morais.

Iris Rezende, que anda esbanjando saúde aos 82 anos, não gostou de saber que, se Daniel Vilela disputar a Prefeitura de Goiânia este ano, Maguito Vilela não disputará o governo em 2018. Os Vilelas deixariam o senador Ronaldo Caiado, do DEM, na chapada — o que deixaria Iris Rezende contrariado.

O secretário de Desenvolvimento, Thiago Peixoto, é, disparado, o auxiliar mais próximo do governador de Goiás, Marconi Perillo. É ouvido em quase todos os assuntos. Do ponto de vista pessoal, é respeitado e querido pelo tucano-chefe.

No dia 1º de junho, o vice-governador de Goiás e secretário da Segurança Pública, José Eliton, vai participar da nova edição do Café Empresarial Jovem promovido pela Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiás-Jovem (Aciag-Jovem). O evento, que contará com a participação dos integrantes do Fórum Empresarial Jovem, é coordenado pelo presidente da Aciag Jovem, Maione Padeiro.

Maione Padeiro deixa a Aciag Jovem, no dia 2 de junho, para disputar mandato de vereador pelo Partido Verde. Filho de Geraldo Padeiro e casado com Lorena Aires, Maione Padeiro é apontado como um líder articulado. É a aposta do Partido Verde em Aparecida de Goiânia.

Na palestra do Lide, em Nova York, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, declamou um trecho de um poema de Cora Coralina: “Mesmo quando tudo parece acabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar, porque descobri no caminho incerto da vida que o mais importante é o decidir”. Além do bom gosto, o tucano-chefe soube valorizar a cultura brasileira (e goiana).

Parlamentares goianos dizem que ouviram o senador Ronaldo Caiado dizer que vai tentar travar a venda da Celg. O motivo? O dinheiro ajudaria ainda a viabilizar o governo de Marconi Perillo e, sobretudo, Goiás

O deputado Sandes Júnior (PP), que anda tenso e sisudo, respira aliviado. Convidado para ser vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Thiago Peixoto chegou a balançar. Depois de uma longa conversa com o governador Marconi Perillo, Thiago Peixoto decidiu permanecer na poderosa e prestigiosa Secretaria de Desenvolvimento. O tucano-chefe não quer prescindir de um auxiliar criativo e formulador de projetos de desenvolvimento.

Pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PTB, o engenheiro e ex-deputado federal Luiz Bittencourt critica a ingerência política na administração da Prefeitura de Goiânia. Ele diz que um gestor deve ser mais técnico.

Os luas azuis do marconismo admitem que a luz amarela não se apaga na sede do diretório do PSDB. Teme-se que o partido não consiga levar Giuseppe Vecci para o segundo turno.

Os tucanos sugerem que Giuseppe Vecci mantenha o discurso técnico, mas procure formulá-lo de maneira mais inteligível. “Esse negócio de macroeconomia pode ser bonito, mas o povo não sabe do que se trata”, afirma um tucano. “Vecci precisa pegar umas aulas com Waldir Delegado Soares, o pré-candidato que tem metralhadoras nos dedos e pistolas na língua.”

PMDB e PT fizeram tudo para atrapalhar a gestão do governador Marconi Perillo. O tucano-chefe, pelo contrário, vai fazer tudo para ajudar o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, no relacionamento com o governo de Michel Temer, do PMDB. A vida dá voltas. O governo federal fechou as portas — 100% — para os pleitos de Paulo Garcia e demais petistas. O presidente Michel Temer, sempre sabotado pelo petismo quando era vice-presidente, está dando o troco.

O senador Ronaldo Caiado, depois de insistir, conseguiu encontrar-se com o presidente Michel Temer, mas junto com outros políticos. O líder do DEM não parece muito prestigiado.

O governo de Michel Temer deve decretar carência de um ano no pagamento das dívidas dos Estados — o que vai permitir uma folga de 3 bilhões aos cofres do governo de Goiás. O dinheiro vai permitir que o governador Marconi Perillo consiga equilibrar o caixa, principalmente porque a administração fez o dever de casa com um rigoroso ajuste fiscal.