Bastidores
O sonho do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás, Henrique Tibúrcio (PSDB), é disputar a Prefeitura de Goiânia. Já em 2016. Porém, como há mesmo “fila” em política — os “saltos” são possíveis, mas não são a regra —, o nome mais cotado, na base governista, é o de Jayme Rincon. Tibúrcio pode ser vice do presidente da Agetop? Pode, mas dificilmente a chapa será pura. Por dois motivos: uma chapa com integrantes de dois partidos diferentes fortalece a campanha, levando a um comprometimento maior das bases, e conquista-se mais tempo no programa de televisão. Há quem recomende que Tibúrcio comece como vereador, depois vá a deputado e, em seguida, dispute a Prefeitura de Goiânia.
Morreu na semana passada Tobias Alves, de 81 anos. Ele tinha câncer e era chagásico. Tobias Alves foi vereador, deputado estadual e deputado federal duas vezes e secretário da Educação do governo de Henrique Santillo. Era conselheiro aposentado do Tribunal de Contas dos Municípios. No enterro, o governador Marconi Perillo disse que Tobias Alves foi o primeiro a indicá-lo para um cargo político, o de vice-presidente da Juventude do PMDB, na década de 1980. Clarismino Júnior era o presidente da comissão provisória e Daniel Goulart, o secretário.
O prefeito de Posse, José Gouveia, apoiou o governador Marconi Perillo. Porém, como uma administração desmotivada, dificilmente será reeleito. Piada contada na cidade: quando perguntam o que foi feito no primeiro ano, o prefeito informa que reformou o hospital. E no segundo ano? Também reformou o hospital.
O deputado federal Heuler Cruvinel, possível candidato do PSD a prefeito de Rio Verde, possivelmente terá o secretário da Habitação da prefeitura, o vereador Leonardo Fonseca, como vice. Não será uma chapa fraca. Pelo contrário, é sólida. O curioso é que o vice de Paulo do Vale pode ser Leonardo... só que Veloso. Será o líder do PRTB ou Karlos Cabral, do PT.
O empresário Júnior Friboi pode bancar uma aliança Paulo do Vale, do PMDB, e Leonardo Veloso, do PRTB, para prefeito e vice-prefeito de Rio Verde, em 2016. Aí o PT ficaria fora da aliança. Comenta-se que Paulo do Vale prefere uma aliança com Karlos Cabral, do PT. Mas, se Friboi articular outra aliança, a coisa muda de configuração. Tudo o que o grupo do prefeito Juraci Martins e Heuler Cruvinel mais temem é a presença da estrutura de Júnior Friboi em Rio Verde.
Há um consenso em Porangatu: quando se olha para o prefeito Eronildo Valadares (PMDB) fica-se com a impressão de que está adquirindo as feições do ex-prefeito José Osvaldo. José Osvaldo superou Jarbas Macedo, político decente, e é considerado como o pior prefeito da história de Porangatu. Porém, aos poucos, com dois anos de administração, Eronildo Valadares, também decente, está se aproximando do ex-prefeito. Eronildo Valadares alega que José Osvaldo deixou 30 milhões de dívidas e que isto engessou a prefeitura. Ele tem razão, em parte. Mas foi eleito sabendo que havia uma espécie de terra arrasada pela frente. Com dois anos de mandato, chegou a hora de parar de chorar. Eronildo Valadares, que não é incompetente e tem ampla experiência na iniciativa privada, tem de começar a administrar a cidade antes que, em 2016, seja expurgado pelo eleitorado. A ressalva é que, diferentemente de José Osvaldo, Eronildo Valadares é, do ponto de vista administrativo, bem intencionado e, como se disse, é competente.
Em Trindade, tende a ser reeleito o prefeito Jânio Darrot (PSDB). Motivo: faz uma administração competente e íntegra. A sociedade de Trindade entendeu que, nos dois primeiros anos, Jânio Darrot teve de pôr a casa em ordem. Porque o ex-prefeito Ricardo Fortunato (PMDB) deixou o caos instalado, com dívidas e a máquina pública caótica, sem eixo. Nos próximos anos, Jânio Darrot, com a máquina azeitada e com recursos em caixa, tende a fazer uma administração cada vez mais arrojada.
Elismar Veiga, respeitado pastor da Igreja Assembleia de Deus e presidente do PHS em Anápolis, não deve ser candidato a prefeito, como anuncia parte da imprensa. Ligado ao presidente do PHS, Eduardo Machado, Elismar Veiga é cotado, na verdade, para ser vice na chapa de Alexandre Baldy, do PSDB.
O problema do deputado federal João Campos (PSDB), dizem alguns de seus aliados, é que se trata de um político omisso e que, nos momentos em que mais se espera sua presença, desaparece. O líder ausente nem mesmo pode ser chamado de líder. Outro problema, decorrente do primeiro, é que João Campos não articula. Por isso não conseguiu indicar nenhum de seus aliados para o primeiro escalão do governo. Poderia ter sido indicado para a Secretaria de Segurança Pública, como uma espécie de teste para verificar se tem capacidade de gestão, mas optou por desaparecer do mapa e não reivindicar o cargo.
O prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira, pode enfrentar, na disputa de 2016, o empresário Walter Paulo, do PMN, a empresária e advogada Ana Paula Rezende (filha de Iris Rezende e sócia da construtora FGR), do PMDB, e Franco Martins, do PP. Walter Paulo teria adquirido casa em Senador Canedo e se prepara para transferir seu domicílio eleitoral. Ele estaria reclamando que Misael Oliveira “travou” a instalação da Faculdade Padrão na cidade. Aliados de Misael Oliveira diz que Walter Paulo não cumpriu o acordo que havia feito com a Prefeitura de Senado Canedo.
Uma coisa ninguém pode negar: Jovair Arantes defende seus aliados e seus interesses com unhas, dentes e trovoadas. Na disputa por cargos no governo Marconi Perillo, muitos políticos, alguns são apontados como líderes, têm vontade de chutar o balde. Mas faltam-lhe tutano. O deputado federal do PTB é um político posicionado.

Em off, peemedebista antecipou que projeto será cortado pela metade pela oposição. Anselmo Pereira, do PSDB, vai presidir a Casa no próximo biênio

A lista inclui os nomes da Agetop, do Detran, do Goiásindustrial e da Saneago
Pode não ser nenhum dos dois. Mas Maria Helena Guimarães de Castro e Mozart Neves Ramos (foto acima) são nomes que poderiam adequar-se aos projetos de modernização do governador de Goiás, Marconi Perillo, na área de educação, dando continuidade ao que foi feito pelo ex-secretário.
Maria Helena e Mozart Ramos são competentes, entendem de educação como poucos e têm coragem para enfrentar problemas que muitos consideram que, por serem seculares, não podem ser resolvidos. Maria Helena foi o braço direito do economista Paulo Renato no Ministério da Educação. Sua prioridade é o ensino básico.
Mozart Ramos, ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco e dirigente da ONG Todos pela Educação, é tido como um educador moderno, de ideias arejadas, que escapam ao discurso típico do corporativismo. Ele atua hoje em São Paulo.
É mesmo oficial: José Taveira, conhecido como "craque das finanças" e dos "ajustes", vai mesmo para o comando da Saneago, como antecipou o Jornal Opção. Por onde passou, José Taveira deu conta do recado. Foi assim no Ipasgo, que ele deixou ajustado, no Detran, na Secretaria da Fazenda.