Bastidores
“O nosso objeto de desejo”, afirma um peemedebista histórico, “é mesmo ter Sandro Mabel como vice de Iris Rezende. Ele representa dinheiro na campanha e mais capacidade de mobilização”. Agora, se Sandro Mabel optar por curtir sua aposentadoria precoce, como cidadão do mundo — consta que conhece mais Paris do que a periferia de Goiânia —, o PMDB deve lançar Agenor Mariano como vice de Iris Rezende.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, teria convocado Adriana Accorsi para dar-lhe um recado: o PT de Goiânia tem dois caminhos trilháveis em 2016. O sendeiro preferido do paulo-garcismo é uma composição com o PMDB, com o lançamento de Adriana Accorsi na vice de Iris Rezende. Porém, o paulo-garcismo trabalha com outra possibilidade: a candidatura de Adriana Accorsi a prefeita e, depois, uma composição com o PMDB num hipotético segundo turno.
Se Adriana Accorsi não emplacar na disputa pela Prefeitura de Goiânia, o paulo-garcismo aceita a candidatura de Edward Madureira, ex-reitor da Universidade Federal de Goiás e apontado como o político mais “leve” — sem desgaste — do PT na capital. O outro nome do agrado do paulo-garcismo é o deputado estadual Luis Cesar Bueno. É apontado como articulado e agregador. O único petista vetado por Paulo Garcia é o deputado Humberto Aidar.
O deputado Humberto Aidar, que pleiteia disputar a Prefeitura de Goiânia, cobra autonomia do PT em relação a Iris Rezende (PMDB). Porém, o prefeito Paulo Garcia e o deputado estadual Luis Cesar Bueno planejam subordinar o partido à candidatura de Iris Rezende (PMDB) — como em 2008. A subordinação ao PMDB equivale a aceitar que Paulo Garcia fracassou como prefeito de Goiânia e, por isso, não tem condições de bancar um sucessor.
O deputado estadual Virmondes Cruvinel (PSD) avalia que, se a aliança governista lançar dois candidatos a prefeito consistentes, Goiânia terá segundo turno. Será um candidato da base contra Iris Rezende.
Virmondes Cruvinel acredita que o PSDB tende a bancar Jayme Rincón para prefeito. O PSD tem dois nomes para a disputa (ou para vice do presidente da Agetop): os deputados estaduais Francisco Júnior e Virmondes Cruvinel.
O deputado estadual Lincoln Tejota, o diretor da Assembleia Frederico Nascimento e o secretário de Gestão e Planejamento do governo do Estado, Thiago Peixoto, apoiam Francisco Júnior para prefeito de Goiânia. Eles todos são do PSD. Ressalve-se que Peixoto é um dos entusiastas da candidatura de Jayme Rincón a prefeito da capital. O problema central do PSD é a falta de estrutura financeira. Resta saber se o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, pode oferecer alguma ajuda para candidatos a prefeitos das capitais.
Durante a inauguração de uma obra na região de Jussara, o deputado federal Roberto Balestra (PP) disse que não está envolvido na corrupção apurada pela Operação Java-Jato. Balestra frisou que, num dos períodos agudos da corrupção, era secretário do governo de Goiás.
Culpam o deputado federal Giuseppe Vecci por quase tudo, até por ser artífice do fogo-amigo contra auxiliares do governador Marconi Perillo. Mas não está entre seus métodos “ataques pelas costas”. Mas um deputado federal sugere que o fogo-amigo contra Jayme Rincón é operado a partir do gabinete de Giuseppe Vecci. Um tucano graúdo garante que não passa de especulação e intriga. “Vecci fala o que pensa de frente, sem subterfúgios”, acrescenta.
Ao saber que Frederico Jayme pode ser candidato a prefeito de Anápolis, o deputado federal Alexandre Baldy (PSDB) reuniu aliados e disse para ficarem tranquilos. Baldy frisou que não vai antecipar a campanha eleitoral, porque isto tem um custo pessoal — desgaste — e financeiro, mas admitiu que será candidato. A única resistência tucana ao seu nome, no município, é articulada por Ridoval Chiareloto.
Tudo começou com uma nota no Jornal Opção. Mas agora Jataí em peso comenta que o tucano Vinicius Luz pode ser o único político da base marconista gabaritado para derrotar — ou ao menos tentar — o candidato do PMDB, Leandro Vilela, a prefeito. O que se comenta é que Vinicius Luz lembra o governador Marconi Perillo, o de 1998, e o empresário Victor Priori (PSDB), o Tio Patinhas de Jataí, remete a Iris Rezende. Humilde e até por não ter estrutura financeira, Vinicius Luz deve apoiar Victor Priori para prefeito.
Do deputado estadual José Nelto, do PMDB: “O Brasil vai amanhecer com outra cara na segunda-feira, 16”. A presidente Dilma Rousseff estará mais fragilizada e acuada pela ira do Brasil. O país real e todas as classes sociais. A insatisfação é geral e irrestrita. Só beneficiados diretos e setores ideologizados estão com a petista-chefe.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ameaçou abandonar o governo na semana passada e deixou a presidente Dilma Rousseff alarmada. Porque, junto ao empresariado nacional e ao mercado internacional, o economista é a âncora técnica que mantém a petista-chefe com certa credibilidade. Para a petista-chefe Dilma Rousseff, gostando ou não, é a soja na China e Joaquim Levy na Terra. As movimentações deste domingo, 15, devem fortalecer Joaquim Levy. Paradoxalmente.
De um irista de carteirinha: “A desfiliação de Frederico Jayme do PMDB praticamente puxa a saída de Júnior Friboi. Porque ele era o único esteio do empresário no partido”. Júnior Friboi disse a dois peemedebistas que não vai ser expulso do PMDB. Se perceber que não tem chance de ficar, cai fora.
Até a semana passada, Júnior Friboi dizia para seus aliados não saírem do PMDB. Mas alguns de seus apoiadores garantem que o empresário não está sentindo firmeza nos aliados Maguito Vilela, Daniel Vilela e Pedro Chaves. “Sente-se que Maguito, Daniel e Pedro não querem a expulsão de Júnior, mas, ao mesmo tempo, temem confrontar Iris Rezende”, afirma um aliado de Friboi.

