Bastidores
Um empresário ligou para um amigo que tem posição de destaque na Prefeitura de Goiânia e clamou: “Por favor, mande limpar o lote que fica em frente de minha empresa. É perigoso dengue e outras doenças”. O amigo respondeu: “Tudo bem. Vamos limpá-lo e, depois, vamos aplicar uma multa bem alta no proprietário do lote”. Aí o empresário, que fingia desconhecer quem era o dono do lote, disse, rápido: “Não faça isso, caro amigo”. “Por que?”, perguntou o aliado do prefeito Paulo Garcia. “É que o lote, na verdade, é meu” — disse, com certa desfaçatez, o empresário.
Ao se encontrar com o deputado federal Sandes Júnior (PP), em Brasília, o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), disse, de maneira peremptória: “Iris Rezende será candidato a prefeito de Goiânia”. O parlamentar do PP perguntou: “Tem certeza?” Agenor Mariano complementou, rápido: “Tenho. Assim como 2 + 2 = 4”.
É consenso até entre os postes e os frangos de feira: quem quiser perder a eleição para prefeito de Uruaçu não precisa fazer muito esforço. Basta fazer aliança com o ex-prefeito Lourenço Filho. É caixão e vela preta. O tucano Valmir Pedro tem sido orientado a se manter distante da “lábia” de Lourenço “Desgaste” Filho. Se os dois se aliarem, Solange Bertulino (PMDB) pode encomendar, na Rua Bernardo Sayão, na Fama, o novo vestido de posse.
Num almoço com um colega de Parlamento, em Brasília, o deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB) disse que o governador Marconi Perillo precisa “agasalhar” os companheiros políticos, como Carlão Oliveira (PSDB), ex-prefeito de Goianira.
De um peemedebista histórico: “Tem mais gente querendo ser vice de Iris Rezende, na disputa pela Prefeitura de Goiânia, do que planejando ser candidato a prefeito”.
O ex-deputado federal Sandro Mabel é apontado como o vice ideal para Iris Rezende. Por dois motivos: sabe viabilizar recursos financeiros (ele próprio tem muito dinheiro) e é tido como grande mobilizador de pessoas e alianças políticas.
Há o consenso de que a base marconista deve chegar mais magra para a disputa de 2018. Acredita-se que será bem diferente da base das eleições de 2014. O PTB, por exemplo, não deve caminhar com o tucanato.
Levantamento informal sugere que, se tiveram de escolher entre o governador Marconi Perillo (PSDB) e o senador Ronaldo Caiado (DEM), pelo menos 50% dos integrantes do DEM ficarão com o tucano-chefe.
O ex-senador Cyro Miranda assumiu a presidência da empesa estatal Goiás Parcerias — que lida com parcerias público privadas e concessões. O empresário Cyro Miranda assumiu com poder de secretário, pois integra o círculo pessoal do governador Marconi e é visto como um executivo nato, não um burocrata que fala muito e faz pouco. Acredita-se, até, que, se Jayme Rincón for eleito prefeito de Goiânia, Cyro Miranda deve ser indicado para a presidência da Agetop.
Na sexta-feira, 6, um auxiliar do governador Marconi Perillo, um militar, ligou para a Secretaria de Cidades e disse que iria cumprimentar Cyro Miranda, que estava assumindo a presidência da Goiás Parcerias. Quando foi aberta a porta do elevador privativo, todos tiveram uma surpresa: o governador Marconi Perillo havia saído de seu gabinete para participar da posse de Cyro Miranda. O secretário das Cidades, Vilmar Rocha, ofereceu-lhe a cabeceira da mesa. Porém, o tucano-chefe não quis e sugeriu que o auxiliar presidisse a posse, ficando apenas como ouvinte.
Durante a posse de Cyro Miranda na presidência da Goiás Parceiras, um político disse para outro político: “Que bom vê-lo vivo. Pensei que havia morrido, tal sua ansiedade”. Era uma referência à pressão por cargos.
A política é como a Justiça: quem dorme no ponto dança. Jayme Rincón, que acorda cedo e dorme tarde, foi decisivo para a eleição de Anselmo Pereira a presidente da Câmara Municipal de Goiás e é um dos articuladores, com o grupo de Nion Albernaz, de Rafael Louza para presidente do PSDB de Goiânia. Rafael Louza é filho de Olier Alves — um grande organizador de campanhas políticas e aliado histórico de Nion Albernaz. Conquistar o apoio de Nion Albernaz é meio caminho andado para se tornar candidato a prefeito de Goiânia.
O prefeito de Rialma, Janduhy Diniz Vieira (PSDB), vai enfrentar uma coalizão política poderosa na eleição de 2016. A vice-prefeita Dorcas Vidigal (PMDB), o presidente da Câmara Municipal de Rialma, Ismael Rosa de Almeida Filho (PTB), e o vereador Paulinelly Geraldo Carneiro (PSD) vão articular um nome para disputar contra Janduhy, apontado como político autoritário. O candidato a prefeito pode ser Dorcas, Ismael ou Paulinelly. O chamado “Trio do Bem” deve ser escolher o que estiver mais bem avaliado pelas pesquisas.
Luiz Stival tomou posse na presidência da Agência de Habitação na sexta-feira, 6. Padre Ferreira (PSDB) assumiu a vice-presidência da Agehab.
Na semana passada, o ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, disse para o governador Marconi Perillo: “O sr. não indicou o meu amigo Vilmar Rocha para uma secretaria, e sim para praticamente um governo”.