Bastidores
Não convidem para a mesma picanha da Churrascaria Candeeiro os deputados José Nelto, do PMDB, e Santana Gomes, do PMN. Pode sair sangue de maneira excessiva. Mas anotem: não será da picanha.
O deputado Gustavo Sebba, do PSDB, assumiu a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. O tucano de Catalão vai levar os parlamentares — todos os que quiserem ir, inclusive os das oposições — para conhecer a estrutura do novo Hospital de Urgências de Goiânia, já conhecido como Hugo 2, antes de o governador Marconi Perillo inaugurá-lo. Gustavo Sebba começa a chamar a atenção dos colegas por ser bem informado e moderado. Até agora, o jovem médico e Adib Elias, arquirrival de Jardel Sebba, pai de Gustavo Sebba, não travaram nenhum grande debate.
A família do deputado Paulo Cezar Martins tem uma paixão: a política. Seu filho, Camilo Martins, é vereador em Gouvelândia. Foi o mais votado na eleição de 2012 e, em 2016, deverá ser candidato a prefeito. Ele é do PMDB. Uma filha de Paulo Cezar, Sumaia Martins, deve ser candidata a vereadora em Goiânia. Pelo PMDB. Paulo Cezar tem interesse em disputar a Prefeitura de Quirinópolis. Porém, alegando que é mais forte no município, o ex-deputado Gilmar Alves diz que chegou a sua vez. No encontros de família, eles falam de política no café da manhã, no almoço e no jantar. Não dão trégua.
Não convidem para a mesma picanha da Churrascaria Gramado os deputados Talles Barreto, do PTB, e Paulo Cezar Martins, do PMDB. Pode sair sangue, muito sangue, e não será da picanha.
O repórter Frederico Victor ligou para chefona da área de meio Ambiente da Secretaria das Cidades, Jaqueline Vieira, e perguntou: “A sra. pode apresentar-me o nome de um grande especialista em lixo?” Rapidamente, sem titubear, Jaqueline Vieira disse: “Pedro Wilson”. Não há a menor dúvida: Pedro Wilson é um político decente e entende de meio ambiente — afinal, é presidente a Agência Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Goiânia —, mas não é, em definitivo, um especialista. Inicialmente, o repórter pensou que Jaqueline Vieira estava brincando, até ironizando. Mas percebeu logo que estava falando de maneira séria.
O governador Marconi Perillo, em defesa de serviços públicos mais eficientes, tem exigido que seus auxiliares não fiquem dando ordens apenas dos gabinetes. Ele cobra que todos ponham a mão na massa e verifiquem, de perto, o que está sendo feito por suas equipes. É um adeus à burocracia. No Detran, por exemplo, acredita-se que os diretores são mais teóricos do que técnicos pragmáticos.
O deputado José Nelto afirma que, embora não esteja conseguindo aumentar a arrecadação, a folha de pagamento do funcionalismo público terá um acréscimo de 10 milhões de reais. Em março.
De um peemedebista histórico: “Estamos levando o PT ‘com a barriga’ e não vamos aceitar nenhum petista como vice de Iris Rezende. A história de que Paulo Garcia vai melhorar é ‘conversa pra boi dormir’. Não vai, e nem o PT acredita na ladainha”.
O deputado federal Roberto Balestra (PP) defende Jayme Rincón para prefeito de Goiânia. “O presidente da Agetop é um gestor eficiente, rápido e competente para fazer obras e é leal ao governador Marconi Perillo. Ele sempre defende o governo.”
Ruymar Ferreira, dono do salão New Star (o preferido de “11 entre dez políticos”) e barbeiro de Iris Rezende há anos, garante: “Ele vai ser candidato a prefeito de Goiânia”. O empresário acertou quando disse, em 2014, que ele seria candidato a governador. “Percebo que Iris Rezende está mais animado com a possibilidade de ser candidato a prefeito do que na campanha para governador, em 2014. E os aliados estão animadíssimos com sua candidatura”, afirma Ruymar.
“O nosso objeto de desejo”, afirma um peemedebista histórico, “é mesmo ter Sandro Mabel como vice de Iris Rezende. Ele representa dinheiro na campanha e mais capacidade de mobilização”. Agora, se Sandro Mabel optar por curtir sua aposentadoria precoce, como cidadão do mundo — consta que conhece mais Paris do que a periferia de Goiânia —, o PMDB deve lançar Agenor Mariano como vice de Iris Rezende.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, teria convocado Adriana Accorsi para dar-lhe um recado: o PT de Goiânia tem dois caminhos trilháveis em 2016. O sendeiro preferido do paulo-garcismo é uma composição com o PMDB, com o lançamento de Adriana Accorsi na vice de Iris Rezende. Porém, o paulo-garcismo trabalha com outra possibilidade: a candidatura de Adriana Accorsi a prefeita e, depois, uma composição com o PMDB num hipotético segundo turno.
Se Adriana Accorsi não emplacar na disputa pela Prefeitura de Goiânia, o paulo-garcismo aceita a candidatura de Edward Madureira, ex-reitor da Universidade Federal de Goiás e apontado como o político mais “leve” — sem desgaste — do PT na capital. O outro nome do agrado do paulo-garcismo é o deputado estadual Luis Cesar Bueno. É apontado como articulado e agregador. O único petista vetado por Paulo Garcia é o deputado Humberto Aidar.
O deputado Humberto Aidar, que pleiteia disputar a Prefeitura de Goiânia, cobra autonomia do PT em relação a Iris Rezende (PMDB). Porém, o prefeito Paulo Garcia e o deputado estadual Luis Cesar Bueno planejam subordinar o partido à candidatura de Iris Rezende (PMDB) — como em 2008. A subordinação ao PMDB equivale a aceitar que Paulo Garcia fracassou como prefeito de Goiânia e, por isso, não tem condições de bancar um sucessor.
O deputado estadual Virmondes Cruvinel (PSD) avalia que, se a aliança governista lançar dois candidatos a prefeito consistentes, Goiânia terá segundo turno. Será um candidato da base contra Iris Rezende.