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Em depoimento à polícia, uma vigilante afirmou ter ouvido o policial penal Jorge Guaranho gritar “aqui é Bolsonaro” momentos antes de atirar contra o tesoureiro do PT Marcelo Arruda. O crime aconteceu no dia nove de julho, em Foz do Iguaçu, oeste do Paraná.

Daniele Lima dos Santos trabalhava na região da associação e relatou à Polícia Civil que, logo após os gritos de Guaranho, escutou diversos tiros. Marcelo Arruda foi baleado na própria festa de aniversário. A comemoração tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula.

Após ser atingido, o petista também atirou, já que estava armado, e atingiu o policial. Arruda foi levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Jorge Guaranho está internado sem previsão de alta. Na última sexta-feira (15), foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe.

O depoimento da vigilante vai na contramão do que concluiu o inquérito policial. Segundo a investigação, não se trata de um crime provocado por motivo político. A delegada Camila Cecconello afirma que Guaranho atirou contra Marcelo por ter se sentido ofendido, uma vez que o petista jogou terra e pedra contra o carro dele, após provocação política.

No entanto, a delegada aponta que a morte aconteceu em um segundo momento, à medida em que a discussão ficou mais acalorada. Por outro lado, o depoimento da vigilante mostra que o policial penal gritou “aqui é Bolsonaro” também no momento em que atirou.