O novo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tomou posse na manhã deste domingo, 1º, em solenidade na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) foi eleito em segundo turno, com 13,4 milhões de votos, derrotando o futuro ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad (PT).

O novo governador paulista e seu vice, Felício Ramuth (PSD), foram empossados por volta das 9h35. Ao assinarem o termo de posse pelas mãos do presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), os dois prometeram “cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado, e observar as leis”. O mandato de ambos vai até 6 de janeiro de 2027.

Antes do juramento, os presentes fizeram um minuto de silêncio em memória de Pelé, que morreu na última quinta-feira, 29, na capital paulista. Tarcísio e Ramuth também receberam uma réplica do Monumento à Bandeira. 

Ao fim da sessão, Tarcísio fez seu primeiro discurso como governador na tribuna do plenário e agradeceu à família e ao ex-presidente Bolsonaro por ter apostado no nome dele para representar o bolsonarismo na eleição ao governo de São Paulo. Em sua fala, o governador destacou “atenção às demandas populares”, que devem ser o “grande direcionador da ação do Estado”.

“A responsabilidade de governar um Estado como São Paulo, que se fosse um país seria a 21ª economia do mundo e a 3ª economia da América Latina, é enorme. Só não é maior que a motivação de fazer a diferença. Apesar da pujança, temos um Estado desigual e a atenção às demandas populares deve ser o grande direcionador”, disse.

Agradecimentos a Bolsonaro 

Ao agradecer a Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente foi “ousado” ao lançá-lo candidato e que apostou em “técnicos desvinculados das pressões partidárias” na composição do governo, em vez da “indicação irresponsável de dirigentes”, que seria a “raiz da corrupção e do fisiologismo”.

“Na política, inicio os agradecimentos ao presidente Jair Bolsonaro, que me lançou esse desafio. E enxergou naquele momento o que ninguém enxergou: quanta ousadia. Houve a aposta em técnicos desvinculados das pressões partidárias. Padrão que estamos reproduzindo em São Paulo. A indicação irresponsável de dirigentes é a raiz da ineficiência, da corrupção, do fisiologismo e desmoralizam a própria democracia”, afirmou.

Participaram da cerimônia na Alesp os parlamentares da Casa e as autoridades estaduais e municipais, como chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e também religiosos e integrantes das Forças Armadas.

Transmissão do cargo

Na sequência, Tarcísio e Ramuth seguem para o Palácio dos Bandeirantes para a cerimônia de transmissão do cargo e posse dos 25 secretários que farão parte do 1º escalão do governo paulista em 2023. Aproximadamente 1.500 pessoas foram convidadas para a posse na Alesp, entre deputados federais e estaduais, secretários de estado, presidentes de empresas, prefeitos e vereadores, que terão de passar por aparelhos de Raio-X e detectores de metais.

Tarcísio, que assumirá o governo com um orçamento de R$ 317 bilhões, será recebido no Bandeirantes por Rodrigo Garcia (PSDB), que entregará o Pavilhão do Governador do Estado ao novo chefe do Executivo paulista. Às 11h, está programada a cerimônia de posse do secretariado de Tarcísio. Depois que todos assinarem seus termos de posse, o governador fará um discurso, a última parte da cerimônia.