O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) teria repassado mais de R$ 18 milhões em verbas do fundo eleitoral para candidatos com pouca votação. Cerca 20% dos R$ 90 milhões foram para candidatos que tiveram um resultado sem expressão, incluindo nomes que não receberam nem 500 votos. Ou seja, a suspeita é que seriam candidaturas de fachada.

Segundo informações da rede de televisão CNN, a Polícia Federal já está investigando denúncias sobre alguns candidatos. Entretanto, o inquérito ainda está sob sigilo. Até o momento, treze estados, incluindo Goiás, foram identificados com políticos tendo pouca votação e recebendo recursos públicos.

De acordo com o advogado do partido, Bruno Pena, a explicação seria que o partido não tem como prever os resultados. “O Pros disputou um campeonato com um time que não foi escalado por ele (Eurípedes Junior, atual presidente), foi escalado pelo Marcus Holanda. Quando se pega um time que não foi escalado por você, não se conhece o time. Tem que fazer aposta em pessoas que você imagina que possa ter uma votação. O partido fez uma destinação de recursos em pessoas que poderiam ter uma votação”, afirmou.

O advogado ainda explicou que a votação possui uma “série de conjunturas” que deixam a previsão difícil, mesmo com candidatos que já passaram por votações anteriores.