PF investiga lavagem de dinheiro com verba milionária do PROS no Amazonas
Redação
30 novembro 2022 às 16h24
COMPARTILHAR
Por Nielton Santos e Fabrício Vera
A Polícia Federal (PF) deflagrou a “Operação Amor Fantasma” na manhã desta terça-feira, 30, em Manaus (AM), para investigar suposta lavagem de dinheiro durante as eleições deste ano. A ação teve como alvos o ex-vice-governador Henrique Oliveira (Podemos), candidato derrotado neste ano, e a ex-esposa dele, Adriana Mendonça (Pros), candidata a deputada federal. Além de empresários e uma agência de publicidade na capital do Amazonas.
Como parte da coligação, o PROS, sob o comando de Eurípedes Júnior, repassou a Oliveira R$ 6,6 milhões (essa foi a maior doação), para Mendonça, candidata a deputada federal pelo PROS, outros R$ 3 milhões. Os dados estão disponibilizados publicamente no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lá consta que Adriana teve a candidatura indeferida por ausência de documentos.
Mesmo sem registro, Mendonça seguiu com candidatura, obteve apenas 240 votos e declarou que gastos toda a verba de campanha. O que chama atenção é que os fornecedores são os mesmos declarados por Oliveira. Segundo a PF, dos recursos de ambos cerca de R$ 1,5 milhão teria sido repassado para uma agência de publicidade para lavagem de lavagem de dinheiro.
Irregularidade
As denúncias de direcionamento seletivo dos recursos públicos para campanhas pelo presidente do PROS, Eurípedes Jr. pipocaram durante as eleições. Muitos candidatos relataram que não receberam verba do “fundão”.
Fontes ligadas ao PROS informaram ao Jornal Opção, que as investigações iniciadas no Norte do país podem chegar a Goiás. É que o atual presidente da sigla, Eurípedes Júnior, mora em Planaltina de Goiás, município do Entorno do Distrito Federal. Ele estaria envolvido no esquema de desvio de recursos via fornecedor.
O Jornal Opção tentou contato com a direção do PROS, mas não teve sucesso. O espaço segue em aberto.
Durante todo este ano, o partido enfrentou uma disputa judicial com troca-troca de presidentes. Até que em agosto, o TSE restituiu o comando da legenda para Eurípedes Júnior.
