Paulo Skaf articula derrubada de atual presidente da Fiesp

10 dezembro 2022 às 10h01

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Neste dia 12, uma assembleia foi solicitada por 86 dos 112 sindicatos filiados à Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) com objetivo de tirar do comando o atual presidente da instituição, Josué Gomes. O levante é comandado por Paulo Skaf, ex-presidente da Fiesp. A assembleia não foi convocada por razões formais; segundo a entidade, o pedido não respeita as delimitações do estatuto, que exigem razões para o impeachment de seu presidente.
Segundo apuração do Estadão, o momento é de divisão na Fiesp. Um dos problemas causadores da crise é que a maior parte dos sindicatos integrantes são de pequeno porte e vêm sendo chamados de “sindicatos de gaveta”. Se espera que o estatuto seja revisto após a crise, pois as assinaturas para convocar a assembleia partiram desses sindicatos menores, com os grandes sindicatos patronais ficando de fora.
Fontes afirmaram ao Estadão que Paulo Skaf tem o objetivo de voltar ao comando da entidade, depois de não ter encontrado cargo político após várias candidaturas. Da lista dos sindicatos que se posicionaram contra Josué, estão diversas entidades de segmentos como panificação, pescaria e café – todos com representatividade mínima. Do lado desses sindicatos, a leitura é de que Josué não está respeitando o estatuto da Fiesp e que a decisão pela chamada de uma assembleia dependerá do conselho, que poderá fazê-lo diretamente.
Presidentes de sindicatos patronais maiores atuam em defesa de Josué Gomes, que está sendo assessorado juridicamente pelo jurista Miguel Reale Jr. O movimento capitaneado por Skaf também já foi definido como “golpe na Fiesp”.