Na reta final do mandato, Bolsonaro nomeia dezenas de aliados para cargos estratégicos

21 dezembro 2022 às 09h41

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou 42 nomeações de aliados para cargos estratégicos desde o final das eleições presidenciais, segundo levantamento realizado pelo Portal UOL, realizado com base no Diário Oficial da União. Entre as indicações estão nomes para Comissão de Ética Pública (CEP), Embratur e Conselho Nacional de Educação (CNE).
Por exemplo, na CEP, Bolsonaro indicou Célio Faria Júnior e João Henrique Nascimento de Freitas para o órgão que funciona como instância consultiva para o presidente e ministros. A Comissão analisa casos que podem ter conflito de interesses e desvios de ocupantes de cargos de confiança. Os cargos possuem mandatos de três anos, renováveis, mas não podem ser desfeitos.
O presidente também nomeou Augusto Souto Pestana, membro do Ministério das Relações Exteriores, para exercer o cargo de Cônsul-Geral do Brasil em Xangai, na China. O ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto também foi indicado para ser o diretor-presidente da Embratur, por um mandato de quatro anos.
Fora o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Márcio Nunes de Oliveira, redirecionado para a função de adido policial federal na Embaixada do Brasil em Madri, capital da Espanha. Além de nove integrantes para o CNE, ligado ao Ministério da Educação, e mais 14 indicações militares e de 13 embaixadores, o que altera a composição de órgãos militares e embaixadas.
O próximo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em alguns dos casos, como o da CEP e da CNE, não poderá desfazer as mudanças. Mas, em outras situações, ele poderá realizar alterações sem justificativa e a qualquer hora, como os cargos militares e do Ministério de Relações Exteriores.