“Motociatas” promovidas por Bolsonaro custaram em média R$ 100 mil aos cofres públicos

23 janeiro 2023 às 12h01

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou em média R$ 100 mil no cartão corporativo durante viagens a lazer pelo Brasil, incluindo “motociatas”. Segundo a matéria do jornal Estadão publicada nesta segunda-feira, 23, os valores eram gastos com acomodações e hospedagens para uma equipe de apoio, incluindo servidores públicos. Os passeios também eram acompanhados por cerca de 300 militares.
De acordo com planilhas divulgadas pelo governo no início do mês, a gestão de Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões no cartão corporativo entre entre 2019 e 2022. Entretanto, no Portal da Transparência consta que houve um custo de R$ 75 milhões durante o mesmo período. Uma diferença de valor que ainda não foi especificada, mas que pode ser os valores gastos apenas pelo ex-presidente e os custos totais de órgãos ligados à presidência.
Independente dos valores citados acima, as notas fiscais obtidas pelo jornal paulista apontam despesas para hospedagens de cerca de 30 servidores em média. Além de alimentação para aproximadamente 300 pessoas no local de destino. Por exemplo, uma “motociata” realizada no Rio de Janeiro, em maio de 2021, custou R$ 116 mil aos cofres públicos.
Durante o evento, mais de 200 integrantes das Forças Armadas foram empregados, junto de policiais militares, tropa de choque, socorristas e outros agentes do Exército. O que gerava em média a aquisição de 300 lanches, custando R$ 30 cada e um total de R$ 9 mil por turno de trabalho. Sendo que cada membro recebia três kits por dia aproximadamente.
Fora que os serviços de bordo do avião oficial que eram contratados custavam R$ 4 mil por viagem. Sem contar os valores que a Força Aérea Brasileira (FAB) gastou em combustível e que não foram contabilizados nos dados do cartão corporativo.