Para o deputado estadual Mauro Rubem (PT), a gestão anterior do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou uma “bomba atômica” na questão fiscal dos combustíveis. Algo que considerou ser uma “medida eleitoreira” e precisaria de ser resolvida com cuidado. Ao mesmo tempo, ele também não considera certo o Brasil ter a gasolina com um preço muito elevado.

“É incompatível termos a gasolina mais cara do mundo”, contou o parlamentar, em entrevista para o Jornal Opção. “Isso será ajustado e óbvio que entendemos a situação das prefeituras e Estados que não podem abrir mão dos impostos como eram antes. O produto precisa ser taxado para poder fazer composição das arrecadações dos entes federativos”, completou.

Rubem ressaltou que Goiás foi um dos estados que ficou comprometido por conta da situação fiscal. De acordo com o governador Ronaldo Caiado, o estado poderá perder cerca de R$ 8,1 bilhões dos cofres públicos após os cortes.

Entretanto, essa não é a situação que o deputado estadual deseja em relação aos cortes envolvendo o ICMS nos estados. “Eu sou oposição ao Caiado, mas não quero que Goiás fique sem recursos para poder se desenvolver, manter os hospitais abertos, pagar a folha salarial e valorizar os seus trabalhadores”, pontuou.

O parlamentar destaca que no processo de “desarmar a bomba”, o Governo Federal precisa recompensar e equilibrar as contas públicas dos estados e munícipios.

“Acredito muito no diálogo, principalmente porque prefeitos e governadores querem cessar a perda. Se manter a regra anterior, vão continuar perdendo, por mais que o Governo Federal tenha boa vontade, não conseguirá compensar o que foi retirado nesse período”, explicou Rubem.