O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e o ex-senador e dono do portal Metrópoles, Luiz Estevão, teriam conspirado a respeito das narrativas das invasões ocorridas em Brasília no dia 8 de janeiro, segundo o jornalista Marcelo Auler. Em seu blog, ele conta que a dupla teria trocado mensagens sobre colocar a culpa no atual Governo Federal. Além de terem minimizado as responsabilidades do Governo do DF durante os atos bolsonaristas.

“Por que o falastrão ministro da Justiça (Flávio Dino) não determinou à Polícia Rodoviária Federal (PRF), desde segunda-feira sob seu comando, que impedisse a entrada dos ônibus dos manifestantes no DF?”, questionou Estevão, segundo Auler. Em resposta, Ibaneis disse que a atual gestão está se fazendo de “vítima” por não assumir responsabilidades pelas invasões: “Cadê a inteligência da Polícia Federal que não viu nada?”.

Em seguida, o dono do portal Metrópoles falou que o Governo Federal deixou que o “circo fosse armado” e que queriam um “massacre” que lembrasse a chacina ocorrida em Carandiru. “Por que o ministro da Defesa (José Múcio) não determinou ao Exército que esvaziasse os quartéis para que os manifestantes não se sentissem amparados?”, perguntou.

O governador do DF ainda respondeu que a atual gestão não tomou nenhuma providência, além de ter admitido que houve falhas durante a coordenação dos agentes de segurança pública.

Estevão também afirmou que o momento era de “deixar a poeira baixar” e parabenizou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por não ter atirado em nenhum invasor. “O dano poderia ter sido maior, se a polícia tivesse agido com balas. Prejuízos materiais são recuperáveis: vidas humanas, não”, disse o empresário.

Por fim, ainda sugeriu que o Governo do Distrito Federal assumisse os custos dos prejuízos materiais: “O GDF poderia assumir a reparação de todos os danos causados ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto. O custo é baixo e o gesto é relevante”. Em resposta, Ibaneis falou que pensaria sobre no dia seguinte da conversa.