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Circula nas redes sociais uma postagem afirmando que caminhoneiros e setores do agronegócio se uniriam para uma greve nacional, com imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo que a paralisação ocorreria em 2025. O conteúdo atribui a informação à Record, mas é falso.

O Estadão Verifica constatou que não há notícias recentes da emissora sobre paralisação de caminhoneiros. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também negou qualquer registro de greve recente ou informação sobre manifestações futuras.

Veja abaixo um caminhoneiro comentando nas redes sociais.

Foto: Redes Sociais

O alerta viraliza a partir de vídeos publicados em 20 de outubro, em que manifestantes no Paraná e Goiás convocavam a população para uma paralisação contra o governo. No entanto, o ato não teve adesão nacional. Alguns líderes da categoria negaram participação:

  • A Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomos de Bens e Cargas (Conftac) afirmou que não havia paralisação marcada;
  • O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) também descartou envolvimento da categoria.

O perfil que compartilhou a suposta notícia usa o nome “recordnoticia” e a logomarca da Record de forma indevida. O perfil oficial é “recordoficial”. Buscas por palavras-chave como “record” e “greve dos caminhoneiros” não retornaram notícias recentes, comprovando que a informação não é da emissora.

O conteúdo surgiu após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF, e foi compartilhado com alegações de que caminhoneiros estariam protestando contra a decisão.

Vídeos analisados mostram pessoas em Londrina (PR) e na BR-060 (GO) convocando a população para o protesto. A PRF nos dois estados confirmou que não houve manifestações nem bloqueios.

Em resumo: não houve greve nacional de caminhoneiros, e a informação compartilhada nas redes é falsa.