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Desde a última segunda-feira, 28, circula em grupos de WhatsApp uma Carta dos Oficiais Superiores da Ativa ao Comandante do Exército Brasileiro, que já conquistou algumas centenas de adesão. Sem assinatura, o documento acabou postado como petição online e ganhou apoio – em sua maioria – de oficiais da reserva, bem como de parte de civis. Alguns nomes isolados assinaram como militar da ativa, incluindo da marinha e outro da Força Aérea.

No texto da Carta, há uma série de críticas veladas à atuação do poder Judiciário no processo eleitoral, com destaque para suposta atuação dos oficiais militares, que estariam “atentos a tudo que está acontecendo e que vem provocando insegurança jurídica e instabilidade política e social no país”. Além disso, também há críticas à posição legalista dos militares da ativa, contrários a movimentações que indiquem possibilidade de golpe contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

No Exército, a principal suspeita é de que o documento tenha sido produzido por integrantes da ala bolsonarista. Em resposta à divulgação do documento, o Alto Comando emitiu uma nota para comentar a repercussão. “Os militares da ativa, por definição legal e por compromisso com a Nação Brasileira, são apartidários em suas condutas, preservando os valores pertinentes à carreira das Armas. São servidores do Estado, cuja coesão em torno de suas missões constitucionais é reforçada, permanentemente, pela liderança de seus Comandantes nos diversos níveis hierárquicos”.