Censo 2022 registra mais de 136 milhões de pessoas, e ultrapassa 60% da população
09 novembro 2022 às 08h15

COMPARTILHAR
Pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já abordaram 136.022.192 em mais de 47,7 milhões de domicílios no país. Com isso, o Censo 2022 ultrapassou a marca de 60% da população recenseada. Os dados são do terceiro balanço de coleta, que abrange o início da operação, em 1º de agosto, até o dia 31 de outubro.
Do total de pessoas recenseadas, 31,69% estavam na região Nordeste, 38,45% no Sudeste, 13,99% no Sul, 8,88% no Norte e 6,99% no Centro-Oeste. Até o momento, 48,3% da população recenseada eram homens e 51,7% eram mulheres. Esse total corresponde a 63,77% da população estimada do país.
A publicitária Lana Rocha comentou a experiência de participar pela primeira vez de uma pesquisa do Censo. “Fiquei surpresa porque, para mim, isso é uma coisa tão distante, nem sabia que de fato acontecia o censo assim. Fiquei feliz em poder contribuir, em poder responder, em poder tá aí contando com alguma informação. espero que tenha sido útil”, diz.
Entretanto, o instituto tem enfrentado dificuldades para colocar recenseadores nas ruas para a coleta. Em todo o país, são 90.552 contratados em campo. Isso corresponde a 49,5% das mais de 183 mil vagas disponíveis, ou seja, menos da metade. Apesar desse cenário não se refletir em todo território brasileiro, Luciano Duarte, coordenador Técnico do Censo 2022, assume a dificuldade. “Isso é diferenciado por região. A gente tem estados onde a produção ela tá adequada dentro do que a gente tem em termos de previsão de término, mas em alguns estados de fato a carência de pessoal é maior”.
Os estados mais adiantados, ou seja, com maior proporção de pessoas recenseadas em relação à população estimada, são todos do Nordeste. Em primeiro lugar está o Piauí, com 86% da população abordada pelos pesquisadores do IBGE, seguido por Sergipe, com 83%, e por Rio Grande do Norte, com 80%. Os menos adiantados são Mato Grosso, Amapá e Acre.
Duarte tenta medidas para correr atrás do tempo perdido. “Por isso a gente tem que fazer esse adiamento. Investir em melhorias de remuneração dos recenseadores, flexibilização de contratação de mão de obra, com algumas restrições aí sendo retiradas para que a gente consiga mais pessoal”.
O adiamento ao que o gestor se refere é do encerramento da coleta de dados, que passou de outubro para dezembro deste ano. Um quarto e último balanço com os dados preliminares do estudo é esperado para o início do próximo mês.