Decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 2, transfere a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a Casa Civil. Antes da mudança, o órgão estava vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias.

O ex-diretor-geral da Polícia Federal do segundo governo Lula, Luiz Fernando Correa, é o favorito para assumir o cargo.

A pressão para mudanças no órgão crescente desde os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonarisas invadiram as sedes dos três Poderes em Brasília. A Abin chegou a fazer documento com alertas para o perigo dos acampamentos nas proximidades, antes dos atos, mas foi ignorada pela GSI.

A agência já era enxergada como reduto de forte influência de militares bolsonaristas ao longo da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além do posicionamento referente aos acampamentos bolsonaristas, a Abin também teve ignorado pelos chefes do GSI relatórios com informações sobre a necessidade de medidas sanitárias no combate ao coronavírus.