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O senador Wilder Morais, do PL, disse ao deputado estadual Gugu Nader, do Democrata 35, que lançará sua candidatura a governador de Goiás no dia 2 de abril de 2026. Um dia depois do Dia da Mentira. Há algum sentido na proximidade das datas? A rigor, não. Pois o político de direita não tem histórico de mentiroso. Pode até ser “hesitante”, como dizem prefeitos e deputados.

Mas Wilder Morais será mesmo candidato a governador? Talvez sim. Porque quer, ao estilo do PT, marcar posição.

O problema, uma montanha no meio do caminho, é que parte do PL não quer apoiá-lo. Por puro realismo. É que ninguém, dos principais líderes do partido — inclusive os prefeitos, que estão declarando apoio ao pré-candidato do MDB a governador, Daniel Vilela —, quer investir numa candidatura que consideram “frágil” e “sem apoio”.

Ventila-se no PL que o projeto de candidato a governador não é do PL, e sim, unicamente, de Wilder Morais. Por isso, ninguém quer apoiá-lo. Porque os demais projetos, partidários, podem sair prejudicados.

Se candidato a senador na chapa de Daniel Vilela e Gracinha Caiado, pré-candidata a senadora pelo União Brasil, o deputado federal Gustavo Gayer, do PL, tem mais chances de ser eleito do que se participar de uma chapa ao lado de Wilder Morais.

Então, por realismo político, e também porque tem identificação ideológica tanto com o governador Ronaldo Caiado quanto com Gracinha Caiado e Daniel Vilela (por quem Jair Bolsonaro tem simpatia), Gustavo Gayer pode participar da chapa governista.

Se for com Wilder Morais, Gustavo Gayer pode acabar perdendo para Gracinha Caiado e Gustavo Mendanha (ou Vanderlan Cardoso).

Há, portanto, a possibilidade de Gustavo Gayer não comparecer ao lançamento da candidatura de Wilder Morais. Nem ele nem o vereador Major Vitor Hugo e o prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa, ambos figuras de proa do PL em Goiás. (E.F.B.)