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Mal Lula da Silva foi eleito presidente e o bolsonarismo “rachou” em Goiás. De um lado, o deputado federal Major Vitor Hugo — sem mandato a partir de 2023 — e o senador eleito Wilder Morais, do PL, e, do outro, o senador Vanderlan Cardoso, do PSD.

Major Vitor Hugo e Wilder Morais não vão se tornar “lulistas”, e permanecerão como bolsonaristas. Por ser empresário, e ter vários negócios, Wilder Morais certamente não fará oposição radical ao governo de Lula da Silva — o que pode gerar certo desconforto na base bolsonarista.

O problema maior se dará na disputa para prefeito de Goiânia, em 2024. No caso de vitória do presidente Jair Bolsonaro, Wilder Morais seria candidato a prefeito de Goiânia, com o apoio do senador Vanderlan Cardoso. Porque, no caso de vitória, a primeira suplente, Izaura Cardoso (PL) — mulher de Vanderlan Cardoso — assumiria mandato de senadora.

Porém, com a derrota de Bolsonaro, a configuração política mudou rapidamente. De cara, Vanderlan Cardoso aderiu ao lulismo e disse que nunca falou mal de Lula da Silva e, por isso, não colocará nenhum empecilho ao seu governo no Senado. Sendo assim, não haverá composição com Wilder Morais em Goiânia.

O mais provável é que, sem Bolsonaro na Presidência, Wilder Morais reflua e não dispute a Prefeitura de Goiânia. Vanderlan Cardoso pode acabar disputando, para reforçar sua imagem política, mas a tendência é que se afastem, politicamente, um do outro. O senador do PL pode, por exemplo, apoiar o deputado federal Gustavo Gayer, do PL, para prefeito da capital.