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Rafael Morais, do PTB, propôs investigação para saber se tomógrafo não é arrumado para beneficiar hospital particular

Numa visita à redação do Jornal Opção na sexta-feira, 31, o vereador Rafael Morais, do PTB, disse que ele e o vereador Andrei Rocha, também do PTB, propuseram uma investigação com o objetivo de se apurar por qual motivo um tomógrafo de 16 canais não está sendo utilizado pela Secretaria da Saúde da Prefeitura de Caldas Novas. “Quando perguntamos por qual motivo não se usa um aparelho que custou caro ao Erário e que, funcionando, seria extremamente útil aos moradores da cidade e até de outros municípios, recebemos como resposta, claramente insatisfatória, que está ‘com defeito’. Ora, se está ‘estragado’, por que não consertá-lo o mais rápido possível — que é o caminho lógico?”

Rafael Morais sublinha que comenta-se na cidade que “o tomógrafo não é utilizado, na verdade, única e exclusivamente para beneficiar o Hospital Nossa Senhora Aparecida, que pertence a uma associação de médicos. O vice-prefeito, Fernando Rezende, é presidente da Associação. Estou dizendo que há uma irregularidade flagrante e conluio entre a Secretaria da Saúde e o pessoal do hospital? Não. O que estamos sugerindo é uma investigação para que se compreenda de fato o que está ocorrendo”.

No momento, Rafael Morais está examinando cinco caixas de documentos passados pela Secretaria da Saúde. “Esclareço que pertenço à base do prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal (PP). Portanto, a investigação conta com o seu aval.”

Examinados os documentos, a Câmara Municipal deve convocar tanto representantes da Secretaria da Saúde quanto os donos do Hospital Nossa Senhora Aparecida. “Em seguida, conforme o desenvolvimento da investigação, devemos propor a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI).”

O procurador-geral de Justiça, Benedito Torres, deveria sugerir que o promotor de justiça de Caldas Novas investigue a história nebulosa, ao lado dos vereadores.