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De acordo com pesquisas de intenção de voto, está ocorrendo um fenômeno político em Goiânia: os pré-candidatos Vanderlan Cardoso, do PSD, e Sandro Mabel, do União Brasil, estão se “canibalizando”.

O que significa isto? Como se sabe, o perfil de Vanderlan Cardoso e Sandro Mabel é praticamente o mesmo — são empresários, gestores experimentados, políticos escolados e integram a centro-direita. São quase “iguais”.

Sendo assim, estão disputando o mesmo eleitorado. Resultado disso: Vanderlan Cardoso trava a ascensão de Sandro Mabel e este impede a ascensão daquele.

Noutras palavras, Vanderlan Cardoso e Sandro Mabel, por terem o mesmo perfil e disputarem o mesmo eleitorado, estão se prejudicando.

Como resultado do “travamento” de Sandro Mabel e Vanderlan Cardoso, há a possibilidade de, daqui pra frente, os pré-candidatos do PT, Adriana Accorsi, e do PL, Gustavo Gayer, do PL — ou seja, esquerda e direita —, descolarem, deixando o postulante do PSD para trás, em terceiro lugar.

Há uma outra possibilidade: Sandro Mabel, se subir, vai ser às custas da queda de Vanderlan Cardoso. Com sua ampla estrutura e apoios substanciais — do governador Ronaldo Caiado, do União Brasil, do vice-governador Daniel Vilela, do MDB, do presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto, do União Brasil, do presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo, do PRD, e de mais de 10 partidos (talvez até 14) —, o postulante do Uniao Brasil pode acabar puxando o pré-candidato do PSD para baixo.

Mas, claro, há também a possibilidade de Vanderlan Cardoso crescer, deixando Sandro Mabel, em definitivo, para atrás. O fato é que, apesar dos salamaleques, os dois terão de deixar o bom-mocismo de lado — resultado de uma longeva amizade — e partir para o ataque (não se está falando de baixaria, e sim de crítica política coesa e afirmativa). (E.F.B.)