Um jornal goianiense esbaldou-se com a informação de que Marina Silva não quer aliança política com o governador Marconi Perillo (PSDB). A história não é bem assim. Primeiro, a candidata a presidente da República pelo PSB não é ne­nhuma Simão Bacamarte para rejeitar apoio — que, vale dizer, não lhe foi oferecido. Segundo, Vanderlan Cardoso passou-lhe uma informação falsa.

O candidato do PSB a governador de Goiás ligou para a cúpula em São Paulo, disse que parte do partido estava bandeando para o lado do governador Marconi Perillo e passou uma contrainformação: estaria “colado” em Iris Rezende, praticamente empatado, e que, se Marina Silva aparecesse em Goiás, ele poderia ganhar a eleição. Diante do quadro, Marina disse que não autorizava ninguém a falar em seu nome.

Na verdade, Marina Silva foi ludibriada por Vanderlan Cardoso. Primeiro, o Marimar, que apoia Marconi e Marina, é uma criação do PPS de Roberto Freire (leia-se, em Goiás, Marcos Abrão e Darlan Braz) e do PHS de Eduardo Machado, aliados viscerais do PSB desde o início. Segundo, o grupo “do” PSB que apoia Marconi Perillo saiu há algum tempo do partido. Terceiro, Vanderlan ainda está bem atrás de Iris Rezende, o segundo colocado nas pesquisas. Um grupo do PSB (supostamente bancado por Jorcelino Braga) espalhou tantos boatos sobre seu crescimento nas pesquisas internas — que nunca são divulgadas — e em trackings que muito provavelmente Vanderlan passou a acreditar em alguns.