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Motoristas da Uber reclamam da inflação de buracos e secretário afirma que Iris não percebeu que já perdeu um ano

Turistas que visitam Goiânia observam que as ruas estão esburacadas e não se nota a mão de um gestor na cidade, que, embora bela, ganhou um ar de permanente abandono. “O charme continua, mas a beleza está se dissipando”, afirma um brasiliense. Os exigentes clamam: “Por que não mudar o nome de Goiânia para ‘Buracoland’?”. O alcaide Iris Rezende diz que está fazendo caixa para tapar buracos e asfaltar ruas em 2018 — ano eleitoral. Os moradores da capital não querem esperar.

Motoristas da Uber dizem, todos os dias, que seus veículos estão envelhecendo e estragando mais rápido devido ao excesso de buracos. Um deles disse que, nas proximidades da Vila Santa Helena, perto de Campinas, os buracos são tão grandes que é até difícil dizer o que são ruas e o que são buracos. Outro motorista afirma que a buracolândia é geral. “Não dá mais para distinguir a periferia dos chamados bairros nobres. Há buracos em todos os lugares.”

O deputado José Nelto, sismógrafo da buracolândia, anda espantado com a falta de aptidão de Iris Rezende para a governança. Um secretário é peremptório: “Iris vive num mundo dele, só dele, e não percebe que o tempo está passando. Já perdeu um ano e acha que está tudo bem. E é óbvio que não está”. Na prefeitura, quando Iris Araújo, a prefeita ad hoc está presente, o que é frequente, fica-se com a impressão de que é a prefeita de fato e que Iris Rezende é seu subordinado. Mesmo assim, o problema da cidade é Iris Rezende, e não Iris Araújo, que não foi eleita para nada — nem mesmo para ser prefeita ad hoc.