Senador Álvaro Dias vai disputar reeleição e Sergio Moro deve ser candidato a presidente

12 outubro 2021 às 16h00

COMPARTILHAR
O senador de 76 anos andava desanimado. Mas os líderes do Podemos o pressionaram e ele decidiu que irá à reeleição em 2022

Tu sabia que o senador Álvaro Fernandes Dias, de 76 anos, é o mais paranaense dos paulistas? Pois sim: o líder nacional do Podemos nasceu na cidade de Quatá, em São Paulo. A cidade também 76 anos.
De Quatá, ainda criança, Álvaro Dias seguiu os pais para a cidade de Maringá.
No Sul do país, no Estado do Paraná, formou-se em História pela Universidade Estadual de Londrina e decidiu que estava no mundo, não a passeio, e sim para transformá-lo para beneficiar todos, e não apenas nichos de poder.

No Paraná, Estado que se tornou sua alma gêmea, foi tudo: radialista, professor, vereador, deputado estadual, deputado federal, governador e senador. “Ao final do mandato, conforme noticiou o jornalista Joelmir Beting, do ‘Jornal Nacional’, Dias entregou um Paraná que foi o único Estado do país que encerrou o ano de 1991 não só sem déficit econômico, mas com superávit acima de 6 bilhões de cruzeiros”, informa a Wikipédia.
Na ditadura civil-militar, quase foi cassado, dada a firmeza de seu posicionamento em favor da democracia, da liberdade de expressão.

Em 2018, disputou a Presidência da República, mas, devido à polarização entre Jair Bolsonaro, então no PSL, e Fernando Haddad, do PT, não foi bem votado. Pesquisas indicam que os eleitores tendem, durante as campanhas, a observar as exposições de no máximo três candidatos. Em 2018, observou apenas dois — o da direita (que, no poder, revelou-se de extrema-direita) e o da esquerda. As ideias dos políticos moderados, do centro político, não foram sequer examinadas, possivelmente.
No momento, desanimado com a situação do Brasil — à deriva, dado o governo errático de Jair Bolsonaro, fator que gestou a ascensão de Lula da Silva, do PT —, Álvaro Dias pensou em desistir de disputar mandato de senador. Continuaria na política, mas somente para apoiar os aliados, como os senadores Flávio Arns, Oriovisto Guimarães, José Antônio Reguffe e Jorge Kajuru e, entre outros, a deputada federal Renata Abreu, presidente nacional do Podemos. O Podemos é tão forte no Paraná que os três senadores do Estado são do partido.

Entretanto, os líderes do partido se reuniram na terça-feira, 12, e, em videoconferência, o pressionaram a disputar a reeleição. Porque Álvaro Dias não é apenas um senador — é, isto sim, um líder nacional, uma referência no Senado, no Congresso e no país. É uma voz que, posicionada, bem-informada e formada, é ouvida pelos brasileiros e por políticos de vários partidos.
Sob pressão dos aliados, Álvaro Dias — que, aos 76 anos, parece um jovem de 30 anos, tal sua energia (fruto da ideia de que é possível transformar o Brasil, se se colocar bons projetos em prática) — optou por disputar mais um mandato. Será candidato à reeleição.
Sua definição indica que o Podemos vai bancar Sergio Moro para presidente. A ideia é constituir uma frente, que agrupe a centro-direita e a centro-esquerda, para bancar uma candidatura que, ao se tornar consistente, possa quebrar a polarização Bolsonaro-Lula da Silva.

O ex-ministro da Justiça e ex-juiz poderá ser apresentado como o político íntegro que planeja realmente transformar o Brasil, tanto do ponto de vista econômico e de desenvolvimento (o social) quando do moral.
Os governos do PT se corromperam (os fins contaminaram os meios) e corromperam vários partidos. No governo de Bolsonaro tudo indica que há corrupção, notadamente na área de saúde e a história do orçamento secreto pode revelar problemas seriíssimos. Há também o fato de que, por falta de iniciativas pertinentes, a gestão de Bolsonaro colaborou, direta ou indiretamente, para que ocorressem milhares de mortes. É provável que, se o governo tivesse sido mais proativo, com aquisição de vacina mais rapidamente, muitas vidas poderiam ter sido salvas. Já morreram mais de 600 mil brasileiros. (Euler de França Belém)