Senado: Gracinha Caiado pode ter Vitor Hugo como colega de chapa. Vanderlan deve ir à reeleição

14 janeiro 2024 às 00h01

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Há três chapas se delineando para o Senado na disputa eleitoral de 2026 — daqui a dois anos e oito meses.
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As apostas do governismo
Há uma candidata hors-concours, ou seja, considera-se que uma vaga já é dela. Portanto, só uma vaga, a segunda, estaria em jogo. Trata-se de Gracinha Caiado (União Brasil), mulher do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

O que se diz, no meio político, é que Gracinha Caiado vai ser a candidata de quase todos os partidos — exceto dois ou três (PSDB, PSD e PT, possivelmente).
O candidato que estiver na mesma chapa de Gracinha Caiado tende a ser “carregado”. Como falta muito tempo para a eleição, não há, claro, um nome definido.
Dois nomes são mais lembrados: Alexandre da BYD (Baldy), do pP, e o ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL). Se Ronaldo Caiado for o candidato a presidente da República da aliança União Brasil e PL de Jair Bolsonaro, aí a tendência é o segundo candidato a senador da base governista ser Major Vitor Hugo.
Xandinho da BYD iria para a suplência de Gracinha Caiado ou de Major Vitor Hugo.
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Os nomes da esquerda

A esquerda tem três nomes: o senador Jorge Kajuru, do PSB, e os deputados federais Adriana Accorsi e Rubens Otoni, ambos do PT.
Por ser senador, Kajuru é candidato natural. Ele está mantendo contato com prefeitos e, desde já, tentando “fidelizar” apoio. Há vários prefeitos empolgados com o líder do PSB. Mas há, claro, as alianças partidárias. Se ficar fora da base governista, aliando-se com a esquerda, a tendência é que o socialista seja “abandonado” por muitos prefeitos que o apreciam como político (é o ás dos recursos financeiros para a saúde, por exemplo). Gestores municipais dizem que é “decente e não pede propina”.

Se não for eleita prefeita de Goiânia, é bem provável que Adriana Accorsi (PT) seja candidata a senadora. Porém, se eleita, o postulante tende a ser Rubens Otoni (PT). Este conta também com a possibilidade de vitória do irmão, deputado estadual Antônio Gomide, para prefeito de Anápolis.
3
Vanderlan Cardoso & Marconi Perillo

O senador Vanderlan Cardoso, se não for eleito prefeito de Goiânia, certamente será candidato à reeleição. Mesmo isolado — os políticos dizem que o presidente do PSD não é confiável e estaria sempre “traindo” algum “aliado” —, tem força político-eleitoral. É provável que opere para formatar uma chapa com aquele político que vai sobrar, porque o governismo e nem o petismo querem sua aproximação: o ex-governador Marconi Perillo, do PSDB.
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Disputa para o governo
Quanto ao governo do Estado, a tendência é que Daniel Vilela (MDB), que assume a gestão estadual em abril de 2026, seja o candidato da base governista. Já Wilder Morais (PL), se Major Vitor Hugo (PL) compor a chapa com Gracinha Caiado, se resguardará para a disputa de 2030.
Então, às oposições restarão três nomes: Adriana Accorsi (ou Rubens Otoni ou Edward Madureira), Vanderlan Cardoso e Marconi Perillo. Isto para governador. A tendência é que Perillo seja candidato ao governo, com Vanderlan para senador. Ou então Vanderlan Cardoso para o governo e Perillo para senador.
Há a possibilidade de Vanderlan Cardoso — que está se aproximando da esquerda em Goiânia, podendo apoiar Adriana Accorsi para prefeita — e Marconi Perillo, se estiverem isolados politicamente, participarem de uma aliança com o PT. (E.F.B.)