Se Maguito Vilela for o candidato, em 20 anos o PMDB terá lançado apenas dois candidatos, o que prova falta de renovação

Em 1998, o então senador Iris Rezende tratorou o governador Maguito Vilela e o impediu que disputasse a reeleição. O decano peemedebista acabou sendo derrotado por Marconi Perillo, um jovem de 35 anos, que acabou sendo eleito quatro vezes para governador graças, em parte, ao fato de que os líderes do PMDB não se renovaram em termos de ideias e nomes. De 1998 a 2014, em cinco eleições, o partido só teve dois candidatos, Iris Rezende (1998, 2010 e 2014) e Maguito Vilela (2002 e 2006).

Em 2018, se Maguito Vilela for o candidato, mais uma vez ficará configurada a tese de que o partido não se livra da panelinha. O peemedebista terá, então, empatado com Iris Rezende — participando de sua terceira disputa direta. Noutras palavras, o partido não terá se renovado. Seu adversário (ou adversário) poderá apresentar seu marketing, inclusive o defensivo, a partir disso: como o PMDB quer falar em renovação se não se renova?

Agiganta-se a tese de que Maguito Vilela, na oposição, é o único que pode superar Ronaldo Caiado. Pode até que, nas pesquisas iniciais, isto seja verdade. Mas, no decorrer da campanha, o quadro tende a mudar, se a tese panelinha for retomada. Há saída? O deputado Daniel Vilela pode sair atrás, mas tende a crescer. É um caminho.