Outubro será o mês de duas eleições. A primeira e mais quente é para prefeito dos 246 municípios de Goiás. A segunda tem a ver com a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa — cujo orçamento, vale lembrar, é maior do que o de muitas cidades médias. Há dois nomes postos no “octógono”, com discursos agressivos e ataques nos bastidores. Há até redes de intrigas articuladíssimas, inclusive com a participação de jornalistas que trabalham nas (e fora das) redações. Até marqueteiros foram convidados para palpitar.

Chiquinho Oliveira e José Vitti disputam, de maneira renhida, os votos do PSDB e dos partidos aliados (e até os das oposições).

Mais articulado, Chiquinho Oliveira largou na frente, como se fosse Nico Rosberg. Ele tem mais jogo de cintura e faz mais compromissos. José Vitti é meio assim um… Felipe Massa — articula lentamente e, por vezes, põe outras pessoas para articular para ele. Isto, em política, não funciona.

Hábil, acostumado às lides parlamentares, Chiquinho Oliveira transita bem entre os partidos de oposição. Isto pode levar a um consenso na formatação da mesa diretora. José Vitti, se continuar dormindo, à espera da articulação de Helio de Sousa e Talles Barreto, vai acordar “quase-presidente” da Assembleia.