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O passado não pode ser o presente

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José Mário Schreiner está num dos melhores momentos de sua vida. Embora suplente de deputado federal, tem mais força, no plano nacional, dada sua ligação com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, do que muitos parlamentares. Em Goiás, preside a poderosa Federação da Agricultura do Estado de Goiás e é cotado para disputar a Prefeitura de Mineiros pelo PSD.

Schreiner não tem obsessões e tampouco tem o hábito de pisar na cabeça das pessoas para ascender politicamente. Entretanto, como chegou pobre em Mineiros e conseguiu crescer junto com o município, avalia que poderia dar uma contribuição para a modernização das práticas políticas e administrativas do município? Modesto, não coloca as coisas nestes termos. Mas quem o conhece, como os jornalistas Nilson Gomes e Wilson Silvestre, avalia que administrar Mineiros pode parecer um “recuo” para alguns, mas não necessariamente para Schreiner.

O prefeito de Mineiros, Agenor Rezende (PMDB), não é um político mal intencionado. Mas é um administrador do passado, sem uma visão criativa e avançada das novas agendas. Ele faz o feijão com arroz, paga os salários dos funcionários e, quando é possível, tapa os buracos das ruas. Fora isto, não pensa em modernizar o município. Vai tocando o barco, sem inovar. Fica-se com a impressão, às vezes, que Mineiros funciona no piloto automático — quer dizer, sai do lugar muito mais por causa da iniciativa privada, constituída por empresários urbanos e rurais, do que devido ao setor público. Para não perder o bonde da história — e para conectar política e economia —, a modernizada Mineiros clama por um gestor moderno como Schreiner. O “silêncio” das ruas é um “grito” contra os que pensam que o passado deve ser o presente do município. O líder do PSD é o futuro que chega, de maneira antecipada, para transformar o presente.

Se Agenor Rezende é o “velho”, o não-criativo, a tucana Neiba Barcellos também não representa renovação.